Prefeitura recusa pedido de vereadora sobre plantar árvores para cada vítima da Covid-19
Política
Requerimento foi enviado ao Executivo pela parlamentar
Da Redação 08/07/2021A vereadora professora Jandinéia (PT) apresentou ao Executivo, em meados de maio, requerimento solicitando através da secretaria municipal de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente, a possibilidade de plantio de uma árvore para cada vítima da Covid-19 quando, naquele período, o número de vítimas totalizava mais de 170 pessoas. Ela argumentou que a Prefeitura, por meio da pasta, poderia efetivar em parceria com o Consórcio Ribeirão Lajeado, que forneceria as mudas.
Segundo a parlamentar, o Executivo respondeu que teria condições de atender o pedido, mas considerou a possibilidade de utilização de uma praça já existente, a José Fiuza, para adequar um espaço para a referida homenagem, sem o plantio de mudas equiparadas ao número de vítimas. Nesta semana, Jandinéia lamentou que a sua proposta não foi aceita, argumentando que essa seria uma maneira, entre tantas já apresentadas, para homenagear cada vítima.
Ela acrescentou que o plantio também ajudaria na efetivação de mais áreas verde no município. “As árvores são um sinal de vida e, promovendo esse plantio, caso a administração optasse por colocá-las em um único local, estaríamos criando um pequeno bosque, como forma de recordar cada vítima da Covid-19 na cidade”, ressaltou. A vereadora frisou que a ideia era ter um lugar para não esquecer e que poderia ser visitado pela população.
HOMENAGENS
Jandinéia informou que continua atuando em defesa da vida e isso se refletiu nas ações do último sábado (3), quando o PT (Partido dos Trabalhadores) participou ao lado do Psol, PCdoB e de outras lideranças, da passeata na área central e do ato na praça Dr. Carlos Sampaio Filho. Ao final da passeata, foram colocadas cruzes, representando as mortes pela Covid-19 no município, desde o início da pandemia.
“Não somente estas, mas também as mais de 520 mil vítimas em todo o Brasil. A proposta do PT era, à noite, retirá-las e colocar as rosas, mas, infelizmente, elas foram tiradas antes, impossibilitando o encerramento das atividades na noite daquele mesmo dia”, lembrou. A parlamentar esclareceu que as pétalas adquiridas para esse fim não foram colocadas na noite de sábado, após a retida das cruzes, temendo possíveis represálias, mas que isso ocorreu na noite de terça (6), com um menor número de pessoas e sem a participação das demais legendas.
“As rosas, iniciativa do PT, foram colocadas no gramado e retiradas depois, conforme havíamos previsto em reunião com alguns membros do partido. Quando cruzes incomodam mais que as mortes, sabemos que tem algo de errado com a sociedade. Infelizmente, muitos não param de aglomerar e ir a festas. Por isso, não adianta se revoltar com essa manifestação”, lamentou. Jandinéia recordou que, em 28 de janeiro, professores da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) realizaram o primeiro ato em homenagem às vítimas da Covid-19 e seus familiares na praça Dr. Carlos Sampaio Filho, na frente do antigo Cine São Joaquim.
“Na época, Penápolis registrava apenas 65 óbitos e o grupo ali reunido, sob forte chuva, soltou uma bexiga branca ao céu, além de acender uma vela por cada irmão e irmã vitimados pela pandemia”, comentou. A vereadora observou que o ato simbólico daquele dia foi apenas com a militância, mas carregado de emoção, cujo objetivo foi de conscientizar governantes que a volta às aulas presenciais, na fase mais aguda da pandemia, era um grave risco. “Com sempre afirmei, todas as vidas importam e nosso pedido era que primeiro chegassem as vacinas e, depois, às aulas, pois o conteúdo se recupera, mas as vidas não”, finalizou. (*) Com informações da A/I do Partido dos Trabalhadores
Comentários
Atenção: Os comentários feitos pelos leitores não representam a opinião do jornal ou do autor do artigo.