Presa mulher que aplicou mais de R$ 1 milhão em estelionato

Polícia

Ela negocia veículos e imóveis que não existem, por preços extremamente atrativos

Gilson Ramos 16/08/2025

Está presa a mulher de 42 anos apontada como autora de crimes de estelionato em ao menos 15 boletins de ocorrência registrados no Estado de São Paulo. De acordo com a polícia, ela teria movimentado aproximadamente R$ 1 milhão com os crimes.

A prisão da indiciada F.C.S.A. ocorreu por volta das 15h desta sexta-feira (15), durante cumprimento pela Polícia Civil de mandado de prisão preventiva expedido contra ela. A polícia afirma que ela é autora de vários golpes em Penápolis e região.

A ordem de prisão preventiva foi expedida no começo da tarde pelo Juízo da 4ª Vara do Foro de Penápolis.

O cumprimento do mandado foi feito pela equipe do 1º Distrito Policial, chefiada pelo delegado Thales E. Anhesini.

Pelo imóvel localizado na Vila Martins, foi necessário apoio dos pais da averiguada e arrombamento do portão da garagem, pois a “procurada” não atendeu aos chamados verbais e toques na campainha.

A prisão foi solicitada aos 12 de agosto pelo delegado Thales após conclusão do Inquérito Policial pela DPM Penápolis, com novo indiciamento da mulher pelo crime de estelionato. É o sexto inquérito com indiciamento dela presidido pelo delegado Thales.

Em todos ela foi indiciada como incursa no art. 171 do Código Penal. Em três deles foram cumpridas buscas na casa da suspeita, sendo em abril de 2021 e agosto de 2024 pelo delegado Thales, e em abril deste ano delegado Eugênio Bibiano e equipe.

Três pedidos anteriores de prisão preventiva haviam sido indeferidos, dos quais dois anteriores feitos pelo delegado Thales, um mais recente, em abril, pelo delegado Eugênio.


MODUS OPERANDI

F.C.A.S é apontada como autora de crimes de estelionato em ao menos 15 boletins de ocorrência registrados no Estado de São Paulo, tendo auferido, segundo os registros, aproximadamente R$ 1 milhão com os crimes.

De acordo com a polícia, o “Modus operandi” é sempre o mesmo. Ela negocia veículos e imóveis que não existem, por preços extremamente atrativos. Para facilitar o golpe, ela mente que é corretora de banco, que os bens foram retomados após inadimplência e precisam ser vendidos com urgência.

Ela recebe dinheiro das vítimas, sendo as de Penápolis quase sempre em espécie, e depois dá desculpas variadas, até que a parte constata ter sido vítima de golpe e procura a polícia.

Após sua prisão, foi apresentada no plantão policial e interrogada na presença de advogado, com indiciamento em dois inquéritos, oportunidade em que optou por exercer direito ao silêncio.

Ao termo do interrogatório, foi encaminhada a um presídio feminino na região, permanecendo à disposição da Justiça.