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Presidente do Sincomércio pede protesto silencioso contra o fechamento das atividades

Cidade

Ideia é tentar sensibilizar o governo para a flexibilização responsável, adotando medidas de segurança sanitária

Júlio Galinari, presidente do Sincomércio, pede protesto silencioso pelos comerciantes

Júlio Galinari, presidente do Sincomércio, pede protesto silencioso pelos comerciantes. Foto: Arquivo/JI

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Todos vestidos de preto durante esta semana. Esse é o apelo feito pelo presidente do Sincomércio (Sindicato do Comércio Varejista de Penápolis), Júlio César Galinari, em forma do que ele chamou de “protesto silencioso” contra a não flexibilização das atividades comerciais, conforme decisão imposta pelo governo estadual, em quarentena até o próximo dia 31 de maio.

A mensagem de voz de Galinari foi compartilhada na manhã de domingo (17) pelo aplicativo de celular Whatsapp e rapidamente acabou retransmitida nos diversos grupos e contatos desta rede de comunicação digital, chegando até mesmo a outras cidades.

O apelo feito pelo presidente do sindicato se dá diante das dificuldades enfrentadas pelos diversos segmentos da economia, com as atividades paralisadas devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), conforme decreto estadual determinando quais são as atividades essenciais, e que podem funcionar durante a quarentena. O comércio varejista não está incluído no decreto.

Na fala, Galinari revela ter passado mais uma noite em claro, preocupado na condição de presidente e representante da categoria patronal, com a situação dos comerciantes e empresários que não podem trabalhar. “Estamos muito preocupados com a situação e futuro de nossas empresas, de nossas vidas”, disse.

A ideia para tentar sensibilizar o governo para a flexibilização responsável, adotando medidas de segurança sanitária, é a união da categoria em um “protesto inteligente, sem aglomeração, para mostrar ao Ministério Público, Judiciário e ao governador nossa indignação com a reabertura consciente do comércio”.

De 18 a 25 deste mês, Galinari conclama que todos que forem a favor da reabertura do comércio, respeitando as recomendações dos organismos de saúde, que todos usem a cor preta durante a semana. “Precisamos mostrar para as autoridades e nossos governantes a nossa indignação”, destacou.

O presidente do Sincomércio pede para que os empresários do setor liberem também os funcionários de usarem, excepcionalmente nesta semana, o uniforme, solicitando se possível, que os mesmos vistam alguma peça de roupa preta para alertar quanto o desejo dessa reabertura do comércio e das indústrias com responsabilidade.


REPERCUSSÃO

Após a divulgação do áudio do presidente do sindicato, foram muitas as manifestações causando grande repercussão. Na sua imensa maioria, tomando por base os números do coronavírus em Penápolis e região, todos apoiam a abertura consciente do comércio penapolense, com uso obrigatório de máscara, higienização e controle de clientes dentro dos estabelecimentos, pois muitas famílias dependem dessa atividade econômica.

Em um das manifestações, uma empresária escreveu que “se não pagamos impostos não temos creche, escolas, segurança e saúde, se não temos dinheiro para pagar funcionários eles não irão ao mercado, padaria, restaurante, lanchonete, não irão ao salão de cabeleireiro, a manicure, não comprarão roupas e sapatos, não terão dinheiro para comprar remédio e pagar uma consulta, se não pagamos aluguel somos despejados. Pedreiros, pintores, serralheiros, carpinteiros não terão casas para trabalhar, pois os funcionários não terão empregado e nem dinheiro para pagar financiamento e material de construção. Os comerciantes não farão empreendimentos para gerar mais empregos, pois estarão falidos. Se o comércio não trabalha nem os catadores de papelão terão onde tirar o sustento. Que tristeza”.

Outro comentou que “estamos numa cadeia onde gerar empregos e manter funcionários empregados é crime”. “Devemos cuidar da saúde e da vida, sempre! Mas devemos também lutar pelo sustento das famílias. Hoje trabalho é crime, lutar pelas famílias é crime. Algo está errado!”, ponderou.



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