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Presos em Penápolis pela PF investigados de participarem dos ataques em Brasília

Polícia

Fábio Alexandre Oliveira e Erlon Paliotta Ferrite foram presos hoje, durante Operação Lesa Pátria

Oliveira (esq.) e Ferrite foram presos na manhã desta sexta-feira (17) pela Polícia Federal

Oliveira (esq.) e Ferrite foram presos na manhã desta sexta-feira (17) pela Polícia Federal. Foto: Reprodução

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Os dois moradores de Penápolis, investigados de participarem dos ataques ocorridos em 8 de janeiro em Brasília (DF), foram presos na manhã desta sexta-feira (17), durante a 8ª fase da “Operação Lesa Pátria”, realizada pela Polícia Federal.

Ambos foram personagens de uma reportagem exibida pelo Fantástico. Um deles é Fábio Alexandre Oliveira, que no dia apareceu na cadeira do ministro Alexandre de Moraes, já retirada do prédio do STF (Supremo Tribunal Federal).

Sentado na poltrona, xingou o magistrado de “vagabundo”. Ele é apontado com um dos homens que lideraram caravanas do interior paulista rumo a Brasília. Dois ônibus da cidade foram enviados para o Distrito Federal e chegaram a ser apreendidos pela PF.

O outro é o ex-chefe de Serviços de Ambulâncias, Erlon Paliotta Ferrite. Nas imagens, ele divulgou um vídeo subindo a rampa de um dos prédios. “Tomamos essa p.... aqui linda. Ninguém manda nesse c... não, o Brasil é nosso”, diz emocionado.

Em seguida, vira o celular para ao rosto e prossegue: "Invadimos, subimos a rampa. Agora a gente vai lá pro Supremo meter fogo naquela desgraça”, narrou. Também teria sido Ferrite que gravou um vídeo chutando os bustos dos juristas Victor Nunes Leal e Pedro Lessa, que já aparecem jogados no chão.

“Pisamos com tudo. Quebramos com tudo. Tamo quebrando tudo essa m****. Tomamos tudo. Nóis tocou (sic) na linha de frente. Tocamos o horror memo (sic)”, diz a pessoa que está gravando. Segundo o que foi apurado, ele teria sido encontrado na casa dos pais, com quem estava morando.


EXONERAÇÃO

Em janeiro, o prefeito Caíque Rossi (PSD) assinou a portaria de exoneração de Ferrite. Desde o movimento, do qual o próprio agente público gravou vídeos e postou nas redes sociais, ele não apareceu para o trabalho e nem foi localizado. Após o fato envolvendo ganhar repercussão, o prefeito havia determinado averiguação.

Já no dia seguinte aos atos golpistas, Caíque afirmou que defendia sempre o direito ao diálogo, às manifestações e aos debates de ideias, mas, qualquer tipo de violência ou violação deverá ser combatido esta atitude, cumprindo-se a lei. “Já foi determinado averiguação sobre o ocorrido”, disse, ao comentar a participação do seu cargo de confiança.

Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.


OPERAÇÃO

Ao todo, a PF cumpre 46 mandados de busca e apreensão e 32 de prisão preventiva nos Estados da Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraná, Rondônia, Rio Grande do Sul, São Paulo e no Distrito Federal. Dentre as localidades, estão Campinas, Guarulhos, Itatiba, Monte Azul Paulista, Paulínia, São José do Rio Preto, São Paulo e Sorocaba.

Segundo o que foi divulgado, o objetivo da operação é identificar pessoas que participaram, financiaram, omitiram-se ou fomentaram os fatos ocorridos, quando o Palácio do Planalto, Congresso Nacional e o STF (Supremo Tribunal Federal) foram invadidos por indivíduos que promoveram violência e dano generalizado contra os imóveis, móveis e objetos daquelas instituições.

“Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido”, informa a nota.

A Polícia Federal solicita a quem tiver informações sobre a identificação de pessoas que participaram, financiaram ou fomentaram os fatos ocorridos, que as encaminhe para o e-mail denuncia8janeiro@pf.gov.br.



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