Projeto arrecada cobertores e agasalhos para o SOS
Cidade
Realizada em junho, campanha é nacional e visa o combate à violência contra os idosos
Carlos Netto 11/06/2020O Instituto Nacional de Combate à Violência Familiar (INCVF) em Penápolis, em parceria com o Serviço de Obras Sociais (SOS) desenvolve, durante esse mês, o ‘Junho Violeta’, campanha de arrecadação de agasalhos, cobertores e álcool em gel.
Os produtos serão encaminhados para todos os idosos em situação de vulnerabilidade inscritos no serviço de convivência e fortalecimento de vínculos para idosos acima de 60 anos no município. A advogada Ana Júlia Tozzo, diretora do INCVF local, explicou que junho consiste no mês nacional de combate à violência contra os idosos.
Segundo ela, estudos mostram que os idosos estão mais propensos a terem complicações fatais, em razão da Covid-19. “Muito provavelmente, estando mais suscetíveis às complicações da doença por causa das alterações no sistema imunológico, que são naturais da idade, é necessário redobrar os cuidados com a prevenção”, explicou.
Entre as ações a serem feitas, estão à manutenção do isolamento social (evitando saídas na rua), lavar as mãos com frequência por, pelo menos, 20 segundos e evitar qualquer contato com pessoas que manifestem sintomas parecidos com os da gripe.
“São de extrema importância essas observações para a prevenção da proliferação do vírus. Mais importante é lembrar que nos dias de hoje o uso do álcool em gel, como antisséptico, também é considerado uma das melhores opções na higienização das mãos”, alertou Tozzo.
O projeto ‘Junho Violeta’ do instituto segue um calendário que inclui campanhas informativas e educativas que possam amparar referidas vítimas de sua própria realidade que, provavelmente, estão mais suscetíveis às complicações da doença, por causa das alterações no sistema imunológico que são naturais da idade.
DOAÇÕES
Partindo do princípio de que o uso de álcool em gel é eficaz, já que reduz de forma rápida o número de bactérias presentes na pele e, visto que as mãos são a principal via de transmissão de micro-organismos, por estarem em constante contato com superfícies contaminadas, a campanha visa arrecadar uma grande quantidade do produto nesse período.
O instituto e o SOS consideram a necessidade de se redobrar os cuidados com a prevenção, pois sabem que o uso do álcool em gel como antisséptico é considerado uma das melhores opções na higienização das mãos. As autoridades sanitárias garantem que isso é a medida isolada, individual e mais eficaz para prevenir a transmissão de micro-organismos para o ambiente e para outras pessoas.
As doações podem ser feitas até o dia 29, na sede do SOS, na avenida Antônio Veronese, 27, Vila América, das 8h às 12h e das 13h30 às 17h. Para quem deseja aproveitar o horário de almoço para levar os produtos, as entidades informam que das 12h às 13h30 a recepção estará fechada.
Para a comodidade do doador, é possível que entrem em contato com os telefones (18) 99721-3670 (Ana Júlia) e (18) 3652-1976 (SOS), onde pessoas credenciadas serão enviadas para recolher as doações em nas residências.
INSTITUTO
A diretora do INCVF, que também atua na comarca, se apresenta com um projeto social formado por advogados, psicólogos, uma coordenadora de comunicação e outros colaboradores, de diversas áreas, espalhados por 12 Estados da Federação.
A advogada, que atua na região, informou que esses profissionais se propuseram a atuar de forma ativa e gratuita no combate à violência familiar, que infringe direitos fundamentais de mulheres, crianças e adolescentes, idosos, pessoas portadoras de doenças ou deficiências, LGBTQ+ e demais vítimas de violência sistêmica.
“Temos a pretensão de atuar de forma profissional e ativamente em contato direto com vítimas de violência em todo o Brasil, razão pela qual decidimos nos unir com as demais redes de apoio existentes em cada região, sejam elas municipais, estadual ou de redes privadas”, explicou.
Ela ainda ressaltou que o objetivo foi o de se criar uma sede de apoio, do próprio instituto INCVF, com o acolhimento das vítimas e o seu devido encaminhamento à rede de proteção regional. “Tudo com os subsídios jurídicos, psicológicos e outros cuidados imprescindíveis, como a fiscalização e exigências para que, juntos, possamos validar a proteção à vida e à dignidade do ser humano”, garantiu.
Tozzo evidenciou que a proposta inicial de trabalho social é a busca de parcerias com prefeituras, câmaras legislativas, Ministério Público, autoridades policiais e eventuais GT’s (atividades associadas) emergenciais, que possam auxiliar as mulheres e demais vítimas, com eventual elaboração e criação de políticas públicas de apoio e proteção.
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