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Rapaz é preso após aplicar golpe do cartão clonado em aposentado

Polícia

Com ele, foram encontrados cartões de moradores de Andradina que possam ser vítimas

Jovem contou, em depoimento, que estava desempregado e, por isso, aceitou a proposta

Jovem contou, em depoimento, que estava desempregado e, por isso, aceitou a proposta. Foto: Ilustração

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Um jovem de 26 anos, residente em São Paulo, foi preso em flagrante, na tarde de quinta-feira (11), em Penápolis, acusado de participar de uma organização criminosa que seria especializada em aplicar golpes do cartão clonado.

Ele foi surpreendido por policiais em um hotel da cidade, logo após buscar o cartão de um idoso de 80 anos. A vítima contou que, por volta das 13h, recebeu um telefonema de uma mulher, dizendo que era funcionária do Banco Brasil e perguntando se ele tinha realizado alguma compra de R$ 2.375,00.

Ao negar o procedimento, a golpista disse ao aposentado que o cartão dele tinha sido clonado e que precisaria bloqueá-lo, devendo ligar em um número que foi passado. Desconfiado, ele ligou para a filha, tendo outra mulher se passando por ela e orientando-o a entrar em contato no telefone que tinha sido passado.

O idoso fez o procedimento e uma terceira mulher atendeu. Como a voz era semelhante da segunda, a vítima acreditou que fosse a funcionária do banco e passou os dados do cartão, relatando que tinha sido bloqueado. A criminosa afirmou que, na próxima segunda-feira, receberia outro documento novo e que alguém da agência iria até o imóvel buscar o cartão antigo.

Junto com ele, o aposentado entregou uma carta de contestação, conforme foi orientado. Após isso, ele telefonou para a filha que, desta vez, atendeu a ligação. Ao relatar o que tinha acontecido, descobriu que havia caído em um golpe. Em consulta ao extrato da conta no banco, notou três transações feitas com o cartão, sendo uma de R$ 20, outra de R$ 899,82 e uma terceira de R$ 1.289.


INVESTIGADOR

O filho do aposentado foi informado sobre o caso pela irmã e, por ser investigador de polícia e estar apurando esse tipo de crime na cidade, foi até um hotel na rua Augusto Pereira de Moraes, junto com outro policial, surpreendendo o acusado. Sobre a cama do quarto em que estava hospedado, foram encontradas duas máquinas de cartão de crédito.

Perguntado, ele confirmou que tinha buscado o cartão e uma carta na residência do idoso. Foi localizada ainda uma mochila com mais cinco maquininhas, três cartões e três comprovantes de transações bancária, sendo um deles de R$ 1.289, valor feito com o documento do aposentado.

Outro procedimento foi de R$ 1.295,00, ocorrido no dia 9 e com o cartão de um homem que possui conta bancária em Andradina. Também foi apreendido um comprovante de R$ 1,5 mil, que estava em nome de uma mulher. Outros dois cartões apreendidos são de uma agência de Andradina e estavam em nome de uma mulher.

O rapaz foi levado ao plantão policial, sendo reconhecido pela vítima. A carta que havia escrito foi recolhida. Acompanhado por uma advogada, ele afirmou que estava desempregado e, por isso, aceitou a proposta feita por um colega, que o contratou para trazer algumas máquinas de cartão e entregá-las a uma terceira pessoa.


ORGANIZAÇÃO

Na unidade, o delegado considerou que configurou-se o crime de furto mediante fraude, tendo sido praticado por, pelo menos, quatro pessoas, o que configura a organização criminosa. Em virtude das penas somadas ultrapassarem quatro anos de prisão, deixou-se de arbitrar fiança para que respondesse ao processo em liberdade.

Após prestar esclarecimentos, foi encaminhado para a cadeia local, estando à disposição da Justiça. O delegado representou pela conversão da prisão em preventiva, considerando a complexidade dos crimes praticados.

Ele levou ainda em consideração que os crimes praticados têm vitimado principalmente idosos e que pessoas como o jovem “fazem da prática delitiva um estilo de vida, causando prejuízo à sociedade, revelando desprezo com a ordem social e ordenamento jurídico”.



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