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Recurso de licitante impede divulgação e obra de ponte não tem data para começar

Região

Local está interditado pelo DER desde setembro do ano passado

Mesmo com sinalização, motoristas tem passado pelo trecho interditado

Mesmo com sinalização, motoristas tem passado pelo trecho interditado. Foto: Divulgação

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A construção da nova ponte sobre o rio Aguapeí, na rodovia Assis Chateaubriand (SP-425) não tem data para começar. O local foi interditado pelo DER (Departamento de Estradas de Rodagem) em 10 de setembro do ano passado. Neste período, foi construído um anel viário em Piacatu para minimizar o impacto aos usuários. Mesmo assim, há muitas reclamações, pois essa alternativa aumenta a distância e o tempo de viagem.

Além disso, a estrada não tem a mesma qualidade da SP-425, o que preocupa os motoristas, principalmente de caminhões. Embora a ponte tenha sido interditada por motivos de segurança, a licitação foi aberta apenas em novembro. As propostas ocorreram em 16 de dezembro.

A partir daí, foram sucessivos recursos, o que tem impedido a Secretaria de Logística e Transportes homologar a empresa vencedora - que seria do Paraná e especialista neste tipo de obra - e emitir a ordem de serviço. Ela teria apresentado o melhor preço e chegou a enviar representante à região para os primeiros contatos, visando a instalação do canteiro de obras. No entanto, novo recurso apresentado em fevereiro fez a empresa recuar.

“O DER informa que em 24 de janeiro foi iniciada a fase de análise da documentação das empresas participantes do processo licitatório para a construção da nova ponte. Porém, no dia 22 do mesmo mês, uma das participantes do certame interpôs recurso, que passa por análise”, informou em nota a secretaria.

“Diante disso, a previsão de prazo para início e conclusão será acertada somente após a conclusão do processo, com a homologação da empresa vencedora. O valor orçado das obras é de R$ 14,5 milhões e o prazo de execução contratual é de oito meses”, acrescentou o órgão.


HISTÓRICO

Com a interdição da ponte, muitos usuários foram surpreendidos. Houve movimentação política e o deputado estadual Mauro Bragato (PSDB) chegou a acompanhar prefeitos e empresários prejudicados em audiência com o superintendente do DER, Paulo Cesar Tagliavini.

Posteriormente, ele e os diretores regionais do órgão de Araçatuba e Presidente Prudente fizeram vistoria técnica na ponte interditada. A decisão foi mantida por entenderem que não havia segurança para o tráfego de veículos.

Prestes a completar seis meses da medida e, sem perspectiva de início e término da obra da nova ponte, empresários contabilizam prejuízos. Lojas que funcionavam em um posto já foram fechadas e dezenas de empregados perderam o trabalho. A atual ponde vai ser demolida e outra será construída no mesmo local, porém mais elevada para evitar riscos de alagamento.


BOLETIM

Na noite de segunda-feira (9), um funcionário do DER procurou o plantão policial de Penápolis e registrou um boletim de ocorrência. Ele relatou que, apesar do trecho estar devidamente sinalizado e interditado, muitos condutores estão passando pelo local, desrespeitando a medida.



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