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Região tem crescimento de 45,1% no PIB entre 2002 e 2018

Região

Números foram divulgados recentemente pela Fundação Seade; economista analisou as porcentagens

Região, que forma o setor sucroalcooleiro, a representatividade é de 14,8% da economia estadual

Região, que forma o setor sucroalcooleiro, a representatividade é de 14,8% da economia estadual. Foto: Arquivo/JI

JOVEM PAN PENÁPOLIS

Dados da Fundação Seade, divulgados recentemente, mostraram a análise do PIB (Produto Interno Bruto) das regiões paulistas, calculado no período de 2002 e 2018. O índice do Estado, segundo os números, cresceu, em média, 2,3% ao ano, com ganhos diferenciados, conforme o perfil geoeconômico.

Na região de Araçatuba – que inclui Penápolis -, e que forma o setor sucroalcooleiro, a representatividade é de 14,8% da economia em todo o território estadual. O acumulado no período é de 45,1% de crescimento, tendo a média anual de 2,4%. São José do Rio Preto e Bauru, que compõem a mesma região, registraram taxas de crescimento de 4% e 3,4% ao ano, respectivamente. Já as demais – incluindo a de Araçatuba -, o aumento foi de 2,1%.


ANÁLISE

Para o professor e economista Marco Aurélio Barbosa, os resultados apresentados pelo Seade evidenciam uma transformação na estrutura econômica regional. “Dos chamados grandes setores da economia que compõem o PIB, nota-se uma queda da participação do setor agropecuário de 17,5%, em 2002, para 7,9% em 2018”, disse.

Ele acrescenta que, por outro lado, observa-se o fortalecimento da participação da indústria, de 24,8% em 2002 para 27,3% em 2018, e do setor de comércio e serviços, de 57,7% para 64,7% no mesmo período, liderando na geração de riqueza regional.

“Esse resultado vem gerando reflexos no mercado de trabalho regional, que tem hoje no setor de serviço o principal eixo de geração de emprego”, destacou.

Barbosa frisou que o crescimento dos setores de comércio e serviços em termos de participação no PIB é um resultado observado para o conjunto da economia e, portanto, uma trajetória natural do processo de desenvolvimento econômico local.

O aspecto negativo apresentado pelos dados foi o reduzido crescimento regional, comparado ao desempenho estadual. Desta forma, constatou-se que o PIB Estadual cresceu 43,1% entre 2002 e 2018, enquanto o da região cresceu 34,9% no mesmo período.

“O destaque foi para o setor industrial, cujo desempenho de crescimento foi superior ao estadual, ou seja, o produto da indústria regional cresceu 44,4% e da estadual apenas 17,3%. Notou-se também o encolhimento da participação da economia regional no PIB estadual. Em 2010, representava 7,4% e, em 2018, foi reduzida para 6,2%”, ressaltou.


MELHORIAS

O economista observa que é importante destacar que, diante das transformações econômicas apresentadas pela trajetória do PIB regional, o poder público municipal precisa estruturar políticas públicas de desenvolvimento local que atendam essas mudanças econômicas.

“Isso dinamizará o potencial de crescimento da economia de suas cidades, em quesito como apoio à micro e pequenas empresas, qualificação profissional, incentivos a formação de novos negócios, incorporação de inovações e parcerias estratégias, entre outras. O poder público municipal, em conjunto com seus parceiros, tem que criar um ambiente favorável ao desenvolvimento econômico”, finalizou.


ANO

Em comparação com 2017, a economia paulista, aumentou 1,4% em termos reais no ano seguinte. Contribuiu para esse resultado a expansão da indústria e dos serviços, que cresceram 0,9% e 1,9%, respectivamente, uma vez que a agropecuária retraiu-se em 2,6%.

A evolução trimestral do PIB indica mudanças importantes de tendência para os três grandes blocos econômicos paulistas. No agronegócio, houve movimento inverso de tendência nos dois anos. Enquanto em 2017 houve aceleração do ritmo de expansão da atividade a partir do 2º trimestre, em 2018 ocorreu uma inversão da tendência de crescimento a partir do 2º trimestre, que culminou com uma taxa negativa ao final do ano.

Na área fortemente nucleada pelas atividades industriais e de serviços, a reversão da tendência de aceleração do crescimento também ocorreu a partir do 2º trimestre de 2018. No entanto, a desaceleração foi mais suave e o ano terminou com a mesma taxa de crescimento do 4º trimestre de 2017.

Desempenho mais favorável em 2018, quando comparado a 2017, foi registrado nas áreas com forte participação da indústria de extração de petróleo e gás, que, depois de dois trimestres seguidos de retração da produção, alcançaram taxas positivas de crescimento no segundo semestre de 2018.



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