Reunião deve definir retorno e como será atuação da Zona Azul
Cidade
Com o comércio em horário reduzido, Apae ainda não definiu funcionamento da cobrança do estacionamento
Carlos Netto 18/06/2020Prevista para retomar a cobrança da Zona Azul no centro de Penápolis no próxima segunda-feira (22), a decisão será reavaliada pela direção da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), que é a entidade administradora da cobrança pelo estacionamento rotativo na cidade. A publicação de um novo decreto pela Prefeitura de Penápolis sobre a flexibilização do comércio, que determina o novo fechamento de alguns setores, inclusive com mudanças no horário de funcionamento, trouxe dúvidas para a Apae.
É que, para atender a determinação do Plano São Paulo do Governo Estadual, o expediente será reduzido a quatro horas seguidas e não seis, como a administração municipal tinha publicado anteriormente. Segundo o presidente da Apae, Ricardo Pelícia, ainda nesta quinta-feira (18) deve acontecer uma reunião com os demais diretores da Apae para decidir o que fazer. Como as lojas funcionarão das 12h às 16h, a retomada da cobrança deve ser reavaliada pela entidade.
“O decreto pegou a gente de surpresa, então devemos nos reunir e ver o que se pode fazer. Como a gente tem dois turnos, temos que pensar; mas nesse momento não dá para adiantar nada”, disse, ao ser comunicado pela reportagem sobre as mudanças. Ele informou que, mesmo com a flexibilização do comércio, iniciada no dia 1º deste mês, a cobrança do estacionamento rotativo da Zona Azul, na área central, ficaria parada até o próximo dia 22 de junho.
Ela foi suspensa pela Apae em março, quando iniciou à quarentena em todo o Estado devido à pandemia da Covid-19. “Por conta da pandemia, tivemos a suspensão dos contratos das funcionárias em dois meses, mas vamos voltar sim. Mas agora, com a redução do horário, vamos ver o que podemos fazer”, observou. Pelícia informou que os funcionários foram inseridos na Medida Provisória 936, do Governo Federal, que permite redução de carga horária e dos salários dos colaboradores. Além da redução salarial, a MP permite que o empregador suspenda os contratos de trabalho de seus funcionários.
Também destacou que, mesmo diante das dificuldades e redução dos horários de funcionamento do comércio, a entidade não cogita efetuar demissões, como tem ocorrido em outros setores da economia. O projeto desenvolvido pela entidade na Zona Azul é social, e segundo a entidade não seria oportuno, diante da situação de pandemia, deixar mais pessoas sem emprego.
A volta da cobrança seria interessante, nesse momento, pois com o início da flexibilização do comércio, a movimentação de veículos circulando na região central cresceu bastante, se tornando cada vez mais difícil encontrar vagas para estacionar. Com a retomada gradual do comércio e o fim do contrato da MP prevista para o dia 22, os serviços da Zona Azul devem ser retomados, mas tudo vai depender da reunião marcada para esta quinta-feira, quando será avaliado o novo horário do comércio.
SALÁRIOS
Mesmo com a adesão à MP, coube à entidade o cumprimento do pagamento de 30% de cada funcionário da Zona Azul, o que tem dificultado o orçamento da entidade, já que não existe mais arrecadação do serviço. O restante (70%) vem da Medida Provisória, mas mesmo assim a dificuldade com o orçamento é muito grande. Cerca de 20 funcionários foram desligados.
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