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Rio ganha laboratório de biologia molecular

Saúde

Laboratório produzirá testes para covid-19

Além de produzir informações sobre novas variantes do Sars-CoV-2, vírus causador da covid-19, a proposta, no longo prazo, é estudar os impactos de doenças infectocontagiosas na saúde ocupacional

Além de produzir informações sobre novas variantes do Sars-CoV-2, vírus causador da covid-19, a proposta, no longo prazo, é estudar os impactos de doenças infectocontagiosas na saúde ocupacional. Foto: Myke Sena/MS

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O Laboratório de Biologia Molecular (Lab Biomol), do Instituto Senai de Inovação em Química Verde, foi inaugurado hoje (14), no Rio de Janeiro. Integrante da Rede Senai de Biologia Molecular, o equipamento vai fortalecer o complexo industrial de saúde da cidade visando incentivar a busca por autossuficiência na produção de insumos e gerar novas pesquisas na área de biologia molecular e vacinas.

Por intermédio da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), o laboratório assinou hoje uma parceria com o Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde da Fiocruz, para desenvolver o projeto Modelo Preditivo de Doenças Infectocontagiosas com Impacto Ocupacional.

Além de produzir informações sobre novas variantes do Sars-CoV-2, vírus causador da covid-19, a proposta, no longo prazo, é estudar os impactos de doenças infectocontagiosas na saúde ocupacional.

No curto prazo, o laboratório vai contribuir para ampliar a oferta de testagem rápida para covid-19, através da técnica RT-PCR. O local também conta com um laboratório nível de biossegurança 3, um dos poucos disponíveis no Brasil.

O presidente em exercício da Firjan, Luiz Césio Caetano, explicou que o complexo industrial da saúde reúne instituições públicas e privadas para produzir bens e serviços para o setor, como universidades, centros de pesquisas, prestadores de serviços e atores industriais nos ramos farmacêutico, químico e de biotecnologia, além de produtores de equipamentos médicos, insumos e componentes de materiais da área de saúde, que foram postos à prova com a pandemia.

“A pandemia de covid-19 colocou o setor da saúde no centro das preocupações de todos os países simultaneamente, como nunca antes foi visto. E expôs as vulnerabilidades coletivas ao lidar com eventos dessa natureza, mas também as vulnerabilidades de cada país em suas respectivas estratégias para lidar com cenários críticos em matéria de saúde” explicou.


INVESTIMENTO

Em participação virtual no evento, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, destacou a importância de se fortalecer o complexo industrial da saúde do país com investimento privado.

“É muito importante não só para o fortalecimento do complexo industrial, mas também para o fortalecimento das pesquisas. Não pode ser o Estado brasileiro o único a fomentar pesquisas. O complexo industrial da saúde, sobretudo as indústrias farmacêuticas privadas, elas podem e devem investir fortemente nas pesquisas, como acontece nos Estados Unidos”, explicou o ministro.

O vice-presidente da Fiocruz, Mario Moreira, destacou a potencialidade do complexo industrial da saúde, já que o Brasil tem o Sistema Único de Saúde (SUS) e o estado como comprador de todo tipo de produto para o setor, de simples aventais a equipamentos tecnológicos e insumos para a fabricação de vacinas.

“O Sistema Único de Saúde (SUS) é o maior sistema universal do mundo e tem preceitos constitucionais, a saúde é um direito do cidadão e dever do Estado. É um Estado provedor, portanto, altamente dependente da capacidade industrial do país”, disse Moreira.

Ele citou as dificuldades enfrentadas pelo país para importação de luvas, máscaras, aventais, ventiladores pulmonares, equipamentos hospitalares, insumos para a produção de kits diagnósticos e de vacinas, além do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA). “Está tendo fila para a compra, o que a gente recebia em um ou dois meses está levando seis. Assim, nós estamos exportando emprego, exportando renda, ou seja, exportando riqueza”, destacou.

Além do novo coronavírus, o laboratório visa trabalhar com a zika, a chikungunya, febre amarela e a dengue. O Lab Biomol ocupa uma área de 1.000 m² no Complexo Tecnológico da Firjan, na Tijuca, zona norte do Rio. A instalação contou com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a adequação da infraestrutura e aquisição de avançados equipamentos. (*) Por Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro



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