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Rondon é avaliada como ‘ótima’ e Assis Chateaubriand como ‘regular’ em pesquisa

Cidade

21 equipes da CNT percorreram 109.103 quilômetros para avaliar a malha rodoviária pavimentada

Rodovia Assis Chateaubriand (SP-425) faz parte do Lote Noroeste para concessão

Rodovia Assis Chateaubriand (SP-425) faz parte do Lote Noroeste para concessão. Foto: Arquivo/JI

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Levantamento feito para a 24ª edição da Pesquisa CNT (Confederação Nacional do Transporte) de Rodovias avaliou que as duas principais estradas que passam por Penápolis, a Marechal Rondon (SP-300) e Assis Chateaubriand (SP-425) foram classificadas como “ótima” e “regular”, respectivamente. Os dados foram divulgados essa semana.

No entanto, quem trafega pelas vias, já se deparou com os inúmeros problemas que se encontram, como buracos, desnível, falta de sinalização, entre outros. Nesta edição, durante 30 dias, 21 equipes percorreram 109.103 quilômetros para avaliar a malha rodoviária pavimentada brasileira, abrangendo 100% das rodovias federais e os principais trechos estaduais.

A pesquisa, segundo explicou a confederação, inovou com a coleta digital, reconhecimento automático de placas e uso de geoprocessamento na validação e consolidação dos dados, além de mapeamento por imagens de satélite, técnicas utilizadas pelos países mais avançados para colher informações, bem como o acompanhamento de rodovias.


RESULTADOS

Foram avaliados quatro pontos. A Marechal Rondon, que na pesquisa ficou em 7º lugar entre as melhores rodovias brasileiras, teve o conceito “ótimo” em todos os setores – estado geral, pavimento, sinalização e geometria da via, que envolve a presença de acostamento, entre outras características.

Porém, os motoristas que passam pela pista, notam que pelo menos em dois conceitos não é como aponta o levantamento. Para quem trafega no sentido Penápolis a Araçatuba, pode perceber, por exemplo, que em alguns trechos há problemas na pavimentação asfáltica, como ondulações e buracos. De Bauru a Castilho, a SP-300 é administrada pela concessionária Viarondon.

Já o trecho da Assis, que passa por Penápolis, ficou na 198ª posição do ranking geral, sendo avaliado como “regular” no estado geral, pavimento e geometria. No quesito sinalização, no trecho entre São José do Rio Preto a Olímpia, a sinalização foi considerada “boa” e de Parapuã a Santópolis do Aguapeí em “regular”. No entanto, a realidade é bem diferente da apontada na pesquisa.

Além dos problemas de buracos, ondulações e falta de sinalização em alguns trechos, a pista não é duplicada, o que acarreta em inúmeros acidentes que ocorreram nos últimos anos. A rodovia, inclusive, está no pacote para a exploração e concessão, denominado Lote Noroeste, em um trecho que abrange 49 municípios, totalizando 1.022 quilômetros de estradas.


PEDÁGIOS

No projeto inicial, há a previsão de instalação praças de pedágios. Uma delas seria colocada na divisa entre Penápolis e Braúna e a outra é em José Bonifácio. Moradores de Penápolis criaram um abaixo-assinado on-line para protestar contra a medida.

Recentemente, a Artesp (Agência de Transportes do Estado de São Paulo) abriu consulta pública para receber sugestões sobre o projeto. A medida integra a 2ª etapa do processo de concessão, que já contou com a realização de uma série de audiências públicas, realizadas em São Paulo, Barretos, São José do Rio Preto, Araraquara e Penápolis. A previsão de investimentos no trecho é de R$ 2 bilhões durante o período de concessão.

Ainda conforme o projeto, deste valor, a concessionária vencedora terá de fazer 73 quilômetros de duplicação, num total de R$ 392 milhões, 31 dispositivos, que custarão R$ 185 mi, 100 km de acostamentos e adequações dos já existentes, recuperação do pavimento, implantação de passarelas, marginais e ciclovias, entre outras obras.

Essa primeira versão prevê R$ 11,9 bilhões de investimentos em 1.046 quilômetros. Do total, R$ 4,5 bilhões devem ser aplicados diretamente em ampliações e duplicações de vias, além de acessos, viadutos e intervenções, beneficiando a população de 49 municípios paulistas, bem como aprimorando o tráfego e a segurança viária no corredor logístico que se forma a partir de alguns dos principais polos econômicos e turísticos do Estado.

A proposta ainda prevê melhorias em vias que passam por cidades como São Carlos, Araraquara, Sertãozinho, Jaboticabal, Bebedouro, São José do Rio Preto, Olímpia, Barretos e Penápolis, entre outras. Ainda estão incluídas no pacote a SP-373 (Severínia a Colina); SP-326 (Barretos a Colômbia) e SP-322 (Bebedouro a Olímpia).

Também está prevista a renovação de concessões da SP-351 (Bebedouro e Catanduva); SP-323 (Taquaritinga e Pirangi); SP-326 (trechos entre Bebedouro e Barretos e Bebedouro e Araraquara); SP-333 (Sertãozinho e Borborema) e SP-310 (São Carlos e Mirassol).

Em fevereiro de 2022, haverá o lançamento do edital e, em junho, o leilão. A assinatura do contrato deverá ocorrer em dezembro do mesmo ano, segundo a programação planejada. Antes disso tudo, os pedidos reivindicados nas audiências serão analisados por representantes da Artesp e o programa será revisado.



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