Rússia faz ultimato a soldados ucranianos em Mariupol para que se rendam
Internacional
Moscou afirma controlar a maior parte da cidade, após semanas de combates
Da Redação 17/04/2022
O Exército russo também anunciou, pelo terceiro dia concecutivo, ter bombardeado e destruído, neste domingo, outra fábrica de armamentos ucraniana nas proximidades de Brovary, subúrbio de Kiev. Foto: AP - Alexei Alexandrov
A Rússia fez um ultimato neste domingo (17) para que os últimos soldados ucranianos que resistem em Mariupol se rendam e entreguem as armas. Moscou afirma controlar a maior parte da cidade, após semanas de combates.
“Todos que abandonarem as armas terão a garantia de ter as vidas salvas”, afirmou o ministério russo da Defesa no Telegram. “É sua única chance”, ameaçou.
De acordo com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, em um vídeo divulgado em redes sociais na noite de sábado, a situação em Mariupol é “desumana”. Zelensky reiterou o pedido para que os países ocidentais forneçam “imediatamente” armas pesadas para reduzir a pressão russa sobre a cidade.
Em entrevista a um site de notícias no sábado (16), o presidente ucraniano afirmou que "a eliminação" de soldados ucranianos em Mariupol, "acabaria com qualquer negociação de paz" com Moscou.
A conquista da cidade seria uma vitória importante para os russos porque permitiria consolidar os ganhos territoriais de Moscou nas costas do Mar de Azov, que liga a região do Donbass à Crimeia, anexada à Rússia em 2014.
As negociações entre Rússia e Ucrânia estão paralisadas há vários dias e chegaram a um ponto extremamente difícil, de acordo com representantes ucranianos. Já o presidente russo, Vladimir Putin acusou Kiev de falta de coerência.
O Exército russo também anunciou, pelo terceiro dia concecutivo, ter bombardeado e destruído, neste domingo, outra fábrica de armamentos ucraniana nas proximidades de Brovary, subúrbio de Kiev.
SUSPENSÃO DE CORREDORES HUMANITÁRIOS
Autoridades ucranianas anunciaram neste domingo a suspensão de corredores para evacuação de civis no leste do país. A decisão foi tomada, segundo a vice-primeira ministra da Ucrânia Iryna Verechtchouk por falta de acordo com Moscou sobre um cessar fogo.
A vice-premiê também declarou em rede social que todos os esforços estão sendo feitos para reabrir os corredores humanitários o mais rápido possível. Verechtchouck também pediu a abertura de uma via de evacuação para os militares feridos na cidade de Mariupol
De acordo com o diretor executivo do Programa alimentar mundial da ONU, David Beasley, mais de 100.000 civis sofrem com a falta de alimentos, água, eletricidade e aquecimento em Mariupol. (*) RFI - Com informações de agências de notícias
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