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Salvador confirma cancelamento do Carnaval de rua em 2022

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Cantora Ivete Sangalo comandará uma festa privada que será no Centro de Convenções

Olodum reúne milhares de pessoas em Carnaval de rua em Salvador

Olodum reúne milhares de pessoas em Carnaval de rua em Salvador. Foto: Inácio Teixeira/Secom

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Após o governador Rui Costa (PT) anunciar que não haverá festas de rua no período carnavalesco em 2022, a Prefeitura de Salvador, principal destino turísticos do Estado, confirmou o cancelamento do Carnaval deste ano.

O prefeito Bruno Reis (DEM) confirmou, na semana passada, o cancelamento da festa na capital baiana. Em entrevista a jornalistas durante a assinatura de uma ordem de serviço na terça-feira (28), ele apoiou a decisão do governador e destacou que os principais artistas e blocos já haviam sinalizado que não participariam da festa.

“Eu já tinha manifestado a minha opinião publicamente, que não fazia mais sentido e que a gente tinha que avaliar se valeria a pena fazer um Carnaval sem a presença de todos eles [artistas]. Quem faz o Carnaval não é a Prefeitura, não é o governo. Nós não somos atores principais nesse processo”, afirmou.

Cinco dias antes, o governador Rui Costa (PT) já havia oficializado o cancelamento do Carnaval em municípios baianos, alegando preocupação com a variante ômicron da Covid-19 e o aumento dos casos de gripe H3N2.

“A decisão está tomada: não haverá Carnaval na Bahia em fevereiro de 2022. Hoje temos 2,4 milhões de baianos com a vacina contra a Covid em atraso. Além disso, estamos lidando com uma epidemia de gripe, que tem sobrecarregado o sistema de saúde”, disse Costa em uma rede social. Nos últimos meses, empresários ligados ao Carnaval pressionaram prefeitura e governo a liberar a realização da festa nas ruas da cidade.

Em novembro, um grupo chegou a fazer um protesto no Farol da Barra em defesa do Carnaval. A partir de dezembro, contudo, a maior parte começou a se desmobilizar. Artistas como Daniela Mercury, Léo Santana e Bell Marques anunciaram que não participariam do Carnaval, caso este acontecesse, alegando falta de tempo hábil para viabilizar a participação na festa.

Blocos como As Muquiranas, Nana Banana e Camaleão também informaram em dezembro que não iriam desfilar em 2022. A mesma decisão foi tomada pela empresária Flora Gil, que toca o camarote Expresso 2222. Em dezembro, ela anunciou que o espaço não funcionaria mesmo se o Carnaval fosse autorizado. Outros empresários, por outro lado, devem realizar festas privadas em Salvador no período do Carnaval.

A cantora Ivete Sangalo, por exemplo, comandará uma festa privada que acontecerá no Centro de Convenções. O Camarote Salvador, um dos mais disputados do Carnaval da capital baiana, também montará a sua estrutura na área externa do Centro de Convenções. A festa Carnavalito, com bandas como Timbalada e Harmonia do Samba, vai acontecer na Arena Fonte Nova.

De acordo com a Prefeitura de Salvador, apenas uma empresa entrou até o momento com pedido de licenciamento junto à prefeitura para a realização de festa no período carnavalesco. O decreto da pandemia em vigor no estado da Bahia permite festas com até cinco mil pessoas, mediante a exigência de comprovação do ciclo completo de vacinação.

No Recife, maior polo carnavalesco do estado, a prefeitura disse que a decisão ficará a cargo das autoridades sanitárias. A tendência é que a gestão municipal da cidade siga a recomendação do governo estadual, mas a administração sinaliza que os grandes eventos de Carnaval somente poderão voltar ao patamar pré-pandemia com a superação da crise sanitária.

“O Recife entende que apenas com a superação da pandemia será possível assegurar o evento, com as características deste ciclo cultural da capital pernambucana”, diz trecho de nota da Prefeitura. Em dezembro, uma comissão da Câmara de Vereadores do Recife voltada para o debate sobre a realização do Carnaval sugeriu ao prefeito João Campos (PSB) que a festa fosse adiada e não cancelada.

Enquanto isso, eventos privados fazem as divulgações e vendas de ingressos para o período de Carnaval. A categoria alega que é possível fazer o controle sanitário exigindo o comprovante de vacinação completa contra a Covid. (*) Com informações da Folhapress



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