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Santa Casa adere proposta de compra internacional de medicamentos

Saúde

Hospital já sofre falta de medicamentos que compõem o chamado 'kit intubação'

Medicamentos acabaram e a unidade não conseguiu encontrá-los para a compra

Medicamentos acabaram e a unidade não conseguiu encontrá-los para a compra. Foto: Arquivo/JI

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Para uma alternativa de reabastecimento de sua farmácia com medicamentos necessários e recomendados para o intubação de pacientes com a Covid-19, a direção da Santa Casa de Misericórdia de Penápolis vai aderir a uma proposta do governo estadual para a aquisição internacional de medicamentos.

Em situação bastante preocupante, a unidade já está com falta de medicamentos que compõem o chamado “kit intubação”, para o tratamento de pacientes com o coronavírus. Drogas alternativas estariam sendo utilizadas desde o início desta semana para manter os pacientes intubados na UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

A iniciativa é da CIB (Comissão Intergestora Bipartite) do Estado, visando minimizar a falta de medicamentos do kit. A Secretaria de Estado de Saúde está organizando uma compra internacional, onde os serviços que estão no mapa de leitos da Covid-19 de São Paulo possam manifestar interesse em participar (estaduais, municipais, filantrópicos, de gestão direta ou não).

O monitoramento realizado pelo Grupo Técnico Bipartite de Assistência Farmacêutica, composto por membros da secretaria e o Cosems (Conselho dos Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo), aponta para um pré-colapso do abastecimento dos medicamentos de intubação orotraqueal, que compõe o conhecido kit intubação.

Segundo a direção da Santa Casa, os medicamentos acabaram e a unidade não conseguiu encontrá-los para a compra, como é o caso do midazolam e fentanil. Com a falta deles, estão utilizando outras drogas para substituição: diazepam, ou mesmo a morfina, utilizados em pacientes com outras doenças.

De acordo com a direção do hospital, esses medicamentos não são os mais indicados, mas é o que se tem no momento, inclusive para manter esses pacientes sedados, para que eles não sintam desconforto ou até mesmo problemas em caso de estarem voltando à consciência. Eles precisam ser mantidos sedados, por isso uso de drogas alternativas.

Para o final de semana passada a Santa Casa recebeu 300 ampolas do anestésico midazolam para intubação do governo estadual, só que o consumo médio é de 120 por dia, que pode variar dependendo do número de pacientes que estão na UTI ou que estão intubados. Fentanil, outro sedativo também acabou. Nesta quarta-feira (8), havia nove pacientes com a Covid-19 intubados nas UTIs do hospital.

O setor de compras também conseguiu adquirir 100 ampolas de midazolam junto a um fornecedor específico para entrega até esta próxima sexta-feira (9). A quantidade dá apenas para um dia de tratamento. Além da dificuldade de encontrar fornecedores para abastecer os estoques dos hospitais, o preço disparou.

Foi constatado pela comissão intergestora do Estado que, de fato, alguns medicamentos do kit intubação apresentam problemas de abastecimento no mercado nacional, devido à demanda estar superior à capacidade produtiva dos fabricantes, dificultando a aquisição pelos serviços de saúde e, quando adquiridos, o fornecimento tem acontecido com atraso e de forma parcelada, comprometendo a assistência aos pacientes.


FORNECIMENTO

O governo estadual disse que, após constantes cobranças da Secretaria de Estado da Saúde por medidas urgentes ao Ministério da Saúde para auxílio no fornecimento de medicamentos para intubação, o governo federal liberou ao Estado, desde a semana passada, 215.313 ampolas de neurobloqueadores e anestésicos, o que corresponde a apenas 6% do que é preciso para atender a demanda mensal da rede pública estadual.

O necessário seriam 3,5 milhões de ampolas. A nota afirmou ainda que a secretaria tem tentado fazer acordos com farmacêuticas e faz o monitoramento diário da demanda, além de pedir a ampliação da disponibilidade de compra ao governo federal.



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