Santa Casa adota novas medidas padrões para atender Covid-19
Saúde
Informações foram prestadas pelo superintendente do hospital na manhã de ontem ao INTERIOR
Carlos Netto 25/03/2020A OS (Organização Social) AHBB (Associação Hospitalar Beneficente do Brasil), que administra a Santa Casa de Penápolis, está adotando novas medidas padrões para garantir o atendimento aos pacientes com sintomas do Covid-19, o novo coronavírus.
A confirmação foi do superintendente do hospital, Roberto Torsiano, durante entrevista ao ‘Direto da Redação’, espaço criado pelo INTERIOR no Facebook para levar informações sobre o assunto, de segunda a sábado, às 9h30. Torsiano informou que todas as cirurgias eletivas, ou seja, aquelas sem necessidade de urgência, foram suspensas, abrindo possibilidade de disponibilizar mais leitos para o atendimento de pacientes que precisarem nesse período de pandemia.
“Sobre as internações, vamos fazer somente nos casos de urgência e emergência. Essas e outras determinações são somente de adequação, para que a Santa Casa tenha mais opções de leitos”, explicou. Observando essas condições, o hospital terá condições de oferecer cerca de 100 leitos e mais 10 na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), contando com respiradouros em todos eles.
Nesse momento, segundo Torsiano, todas as medidas tomadas são importantes, inclusive a de restringir horários das visitas, suspenção de trabalhos voluntários e, para os pacientes que precisam de acompanhantes - crianças e idoso -, a troca é feita somente em três horários. “Essas são as formas adotadas para evitar aglomerações, pois, com menos contato, menor será o índice de transmissão do coronavírus”, lembrou.
TENDA
O superintendente explicou a instalação de uma tenda instalada ao lado do pronto-socorro, no estacionamento do hospital. Ela será usada para direcionar os que procurarem por atendimento de urgência.
“Pessoas credenciadas estarão fazendo uma triagem para ver se realmente tem sintomas que podem ser classificados como uma gripe, resfriado ou algo mais grave. Dependendo da constatação, ela segue para o PS ou para atendimento na área da ortopedia”, relatou.
Essas medidas preventivas, segundo ele, são importantes, nesse momento, justamente para evitar que mais pessoas sejam incluídas nas estatísticas, fazendo com que a curva fique menos forte. “Sabemos que, com mais gente doente, nenhuma estrutura de saúde consegue atender adequadamente e nossa está adequada para receber todos, inclusive moradores das cidades vizinhas”, reforçou.
LUIZ VALENTE
Indagado sobre a instalação de uma estrutura no antigo hospital Luiz Valente para receber possíveis pacientes com sintomas do coronavírus, já que existiam informações de que isso aconteceria por meio da Santa Casa, Torsiano disse que isso foi cogitado, mas que só aconteceria em uma situação de colapso do sistema.
Ele ainda observou que o prédio precisaria de adequações e reformas, além de equipamentos e aparato profissional. “Não é só colocar camas no local. Além disso, faltam profissionais da área”, relatou. Hoje, na sua avaliação, caso a cidade necessite de um novo espaço para atender a demanda, o ideal seria a Macro 2, o Posto de Saúde da região central, que já tem uma estrutura e ficou disponível para atender casos de dengue.
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