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São Paulo zera fila por exames para coronavírus

Saúde

Até a semana passada, 17 mil pessoas aguardavam pelo exame

A expectativa do governo é que, na segunda quinzena de maio, o estado esteja fazendo 8 mil testes do tipo RT-PCR por dia

A expectativa do governo é que, na segunda quinzena de maio, o estado esteja fazendo 8 mil testes do tipo RT-PCR por dia. Foto: SESI/Vinicius Magalhães/Direitos Reservados

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O governo de São Paulo conseguiu, na noite de ontem (21), zerar a fila de testes para coronavírus no estado. Até a semana passada, 17 mil pessoas aguardavam pelo exame. Como esses exames estão agora entrando no sistema, possivelmente o número de casos e de óbitos em São Paulo devem sofrer alteração, aumentando.

"Desses 17 mil [exames na fila], zeramos ontem, ou seja, não existe mais 17 mil. E temos uma notícia melhor. Realizamos desde o dia 9 [de abril], 24 mil exames. Realizamos os 17 (mil) e batemos na casa de 24 mil. No dia 9 [de abril] tínhamos no estado inteiro 11 mil testes feitos, hoje temos 35,6 mil testes feitos", disse Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan e membro do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo.

Segundo ele, desde a semana passada o estado paulista não demora mais do que 48 horas para a emissão do resultado para coronavírus.

A expectativa do governo é que, na segunda quinzena de maio, o estado esteja fazendo 8 mil testes do tipo RT-PCR por dia. O governo também pretende ampliar o número de testes rápidos, principalmente para auxiliar a reabertura do comércio e dos serviços em São Paulo.

“O teste do RT-PCR é feito na fase de sintomas, na fase aguda. E o teste rápido, quando a pessoa já teve a infecção e desenvolveu anticorpos. O teste rápido identifica os anticorpos e verifica se o indivíduo teve uma infecção. Esse teste demora 14 dias para começar a dar resultados consistentes. Ele é importantíssimo. Ele tem que ser feito de uma forma planejada”, explicou Covas. A ideia, segundo ele, é que os testes rápidos sejam feitos inicialmente em setores de segurança, de saúde e de serviços essenciais.

Até este momento, São Paulo tem 15.385 casos confirmados de coronavírus, com 1.093 mortes. O número de mortes triplicou no estado em duas semanas: no dia 7 de abril eram 371 mortes. O estado tem ainda 1.284 internadas em unidades de terapia intensiva (UTI) e 1.341 em enfermarias.

Segundo o secretário estadual de Saúde, José Henrique Germann, o estado de São Paulo deve chegar no dia 3 de maio atingindo a marca de três mil mortos por coronavírus. De acordo com ele, a taxa de ocupação de leitos de UTI no estado está em 53,3% e, os de enfermaria, em 40,5%. Na Grande São Paulo, o número é maior que a média do estado: a ocupação é de 73,7% em UTIs e de 63% em enfermarias. Essa taxa de ocupação, segundo ele, inclui os hospitais públicos e privados.


RETOMADA ECONÔMICA

O governador de São Paulo, João Doria, disse hoje (22) que a reabertura gradual dos setores produtivos do estado começará a ser implementada a partir do dia 10 de maio, quando se encerra o período de quarentena no estado.

O plano para reabertura foi chamado de Plano São Paulo. A quarentena está em vigor no estado desde o dia 24 de março e, com ela, somente os setores considerados essenciais – como abastecimento, logística, segurança e saúde – podem funcionar.

Os setores que voltarão a funcionar a partir do dia 11 de maio não foram informados pelo governo paulista. Esse anúncio, segundo o governador, será feito somente no dia 8 de maio. (*) Por Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil - São Paulo



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