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Saúde elabora plano para encoleiramento contra leishmaniose

Saúde

Projeto consiste na distribuição gratuita de coleiras impregnadas com a substância deltametrina, próprias para uso de cães

A iniciativa visa implementar o plano de ação contra a leishmaniose

A iniciativa visa implementar o plano de ação contra a leishmaniose. Foto: Imagem/PMP

JOVEM PAN PENÁPOLIS

Na última quarta-feira (20) aconteceu uma reunião entre representantes da Secretaria Municipal de Saúde de Penápolis e do Governo de São Paulo, através da Direção Regional de Saúde – GVE Araçatuba (Grupo de Vigilância Epidemiológica). A pauta do encontro foi a distribuição de coleiras antiparasitárias para cães à base de deltametrina. A iniciativa visa implementar o plano de ação contra a leishamniose visceral.

O encontro teve a presença da diretora do Grupo de Vigilância Epidemiológica da região de Araçatuba, Milenne Ura Dias; da representante regional do grupo Técnico do Instituto Pasteur, Tânia Mara Tomiko Suto; do secretário municipal de Saúde, Luiz Washington Bozzo Nascimento Filho, além de técnicos da Vigilância Epidemiológica e Serviço de Zoonose. O prefeito de Penápolis, Caique Rossi, também participou da reunião para acompanhar os detalhes do projeto.

O projeto consiste na distribuição gratuita de coleiras impregnadas com a substância deltametrina, próprias para uso de cães. O objetivo é diminuir a transmissão canina e humana da leishmaniose visceral em áreas consideradas de maior risco na cidade. Por esta razão, o encoleiramento dos animais não será efetuado de modo geral e sim nas regiões mais afetadas apenas.

As áreas determinas para o projeto são caracterizadas pelo maior índice de casos da doença, conforme levantamento e diagnóstico da Secretaria de Saúde.


PLANO DE AÇÃO

Conforme explicou a diretora do GVE - Araçatuba, Milenne Dias, o fornecimento das coleiras para o município será por meio de uma integração do Governo de São Paulo com o Ministério da Saúde.

“O município deverá encaminhar um plano de ação com o ordenamento e logística estabelecidos para por em prática a distribuição. Isso é necessário pois não será uma distribuição simples e aleatória, mas um trabalho controlado e monitorado, com troca da coleira a cada seis meses e responsabilização dos tutores de forma a colaborar para que o animal não fique sem essa ferramenta”, disse.

“As coleiras repelem o mosquito palha, que é o transmissor da leishmaniose, e impedem que ele pique o cão contaminado e depois outro cão saudável, ou ainda o ser humano. É uma ferramenta de proteção muito importante e por isso a comunidade precisa colaborar para o sucesso do projeto”, salientou ela.


INTEGRAÇÃO

A representante regional do Grupo Técnico do Instituto Pasteur, Tânia Mara Tomiko Suto, destacou que essa integração entre Estado e Ministério da Saúde é fundamental pois garantem que os municípios recebam as coleiras, os testes rápidos e os testes de Elisa (testes confirmatórios).

Outro ponto abordado por ela é que, para fornecer as coleiras será feita a coleta de sangue dos animais para diagnóstico da leishmaniose, chamado de inquérito canino, que será repetido uma vez por ano para constatação de mudanças no quadro epidemiológico.

“A coleira libera gradualmente um princípio ativo que protege o animal por um período prolongado. Essa tecnologia é uma medida de saúde pública para o controle da leishmaniose. Importante saber que essa incorporação se baseia em evidências científicas, com dados de estudos de efetividade amplamente discutida com grupos de especialistas e com representantes das três esferas de Governo”, informou.

Ela revelou que os dados estatísticos apontam um índice de diminuição dos casos de mais de 60% em cães e mais de 30% em humanos.


INÍCIO

O secretário municipal de Saúde, o médico Luiz Washington, disse que a Prefeitura já está empenhada em concluir a elaboração do plano de ação para em breve obter a aprovação do Governo e começar a receber as coleiras.

“A equipe está engajada na elaboração das planilhas, levantando recursos humanos e toda a logística em geral para que a atividade funcione da melhor forma possível. A divulgação de como será o processo ocorrerá em breve. Vamos orientar corretamente a população sobre como deve proceder, as áreas contempladas, data, entre outras informações”, falou ele.

“É uma oportunidade muito boa para a comunidade, tendo em vista que se trata de uma coleira eficiente e que no mercado custa em média de R$ 80 a R$ 100 cada uma, devendo ser trocada a cada seis meses. Neste caso a população poderá contar com esse benefício, devendo nos ajudar no controle da doença”, concluiu o secretário.


DADOS

Conforme a Secretaria de Saúde os dados de 2025 apontam que de janeiro a julho foram coletadas amostras para exames de 500 cães, sendo 150 positivas. No caso de seres humanos a cidade possui 1 caso confirmado, sem óbitos. (*) Por Secom – PMP



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