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Seca faz nível de rio baixar e revela ponte 'escondida' há mais de 40 anos

Região

É a primeira vez em 46 anos que estrutura fica visível no rio Grande, em Guaraci (SP)

Seca revelou estrada boiadeira construída na década de 50 em Guaraci

Seca revelou estrada boiadeira construída na década de 50 em Guaraci. Foto: Reprodução/TV TEM

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A longa estiagem fez o nível de água do rio Grande diminuir e revelar uma ponte construída na década de 50 para atravessar cabeças de gado em Guaraci, no interior de São Paulo. Segundo pescadores, é a primeira vez em 46 anos que a estrutura da antiga estrada boiadeira, que servia de passagem para animais que saiam de Minas Gerais com destino a Barretos, fica visível.

“Nós pegávamos peixes grandes aqui no rio. Hoje só conseguimos ver areia. Muito triste”, diz o aposentado Cláudio Geraldelli, de 82 anos. As lembranças do passado também ficaram expostas nas margens do rio Grande. Com o leito mais baixo, surgiram restos de construções que durante muitos anos permaneceram submersos. “O lugar era muito bonito. Funcionava uma maçonaria onde estamos”, conta o pescador Humberto Carlos Diogo.


SECA

A chuva registrada nos últimos dias não foi suficiente para melhorar a situação do rio Grande, um dos mais visitados na região noroeste paulista. No entanto, apesar do nível da água ter diminuído muito, mudando totalmente a paisagem, a Prefeitura de Guaraci informou que não decretou racionamento.

Ela foi o segundo município paulista a ter áreas alagadas por usinas hidrelétricas. O local onde a ponte ressurgiu foi alagado no ano de 1975. Atualmente, o nível do rio Grande está em 7%, índice mais baixo dos últimos 10 anos.

A seca reflete também diretamente na fauna e na vida dos animais que vivem na região. Quem depende do rio para garantir o sustento da família, por exemplo, também sente as consequências. “A gente vem para tentar porque tem família para criar. Mas nem sempre conseguimos pegar peixe”, diz o pescador Devaldo Matias de Menezes.

A esperança dos moradores é de que o período de chuva traga de volta a beleza do rio Grande. “Se o rio continuar como está, provavelmente a gente tenha até que ir embora daqui, porque não conseguimos nada”, conta Devaldo. (*) Com informações do site G1 de São José do Rio Preto e Araçatuba



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