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Secretário defende isolamento social durante pandemia para evitar colapso na saúde

Saúde

Ele ainda disse que estrutura não possibilitaria atender a demanda se número de pacientes aumentar

Braz reforçou a recomendação do isolamento social para evitar aumento de casos

Braz reforçou a recomendação do isolamento social para evitar aumento de casos. Foto: Gilson Ramos

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O secretário municipal de saúde, Wilson Carlos Braz, ao participar, na manhã de ontem (6), do programa ‘Direto da Redação’ do INTERIOR pelo Facebook, reforçou a necessidade do isolamento social, inclusive acreditando que o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciaria a prorrogação da medida, visando reduzir aglomeração de pessoas e, dessa forma, a disseminação do Covid-19, o novo coronavírus, o que foi feito.

Perguntado se houvesse a reabertura do comércio, argumentou que isso poderia ocorrer de forma gradativa. “Dessa maneira seria uma abertura responsável. A chave está aí e devemos tomar toda cautela em relação a essa doença, que é nova. Ainda não sabemos o comportamento dela no Brasil. Lá fora temos ciência, com todos os dias acontecendo recordes de mortes”, disse.


ESTRUTURA

Braz exemplificou ainda que o município, pela estrutura médica, não tem condições de abrir, pois o vírus está circulando e as pessoas não estão respeitando as orientações para manter-se isoladas. “Hoje a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) não comporta e não há respiradores suficientes se aumentar os casos. Quando pedimos para que as pessoas fiquem em casa e mantenham o isolamento, é para que hospital consiga dar o suporte”, esclareceu.

O secretário frisou que a Santa Casa, hoje, não tem internado pacientes para cirurgias eletivas e, nessa situação, só os casos graves. “Estamos nos preparando para uma epidemia”, reiterou. Ele ainda defendeu que Penápolis fosse contemplada com mais 10 leitos de UTI e 28 clínicos.

“Estamos trabalhando junto ao governo estadual para que essa estrutura seja instalada no antigo Hospital Unimed”, observou. Braz citou que, neste local, seriam enviados todos os casos positivos do vírus e, para isso, é preciso ter equipamentos para dar tranquilidade às pessoas.

“Se por ventura mais casos apareçam, que essas pessoas tenham um tratamento digno e saiam curados”, ressaltou. O projeto está nas mãos do secretário de Desenvolvimento Regional do Estado de São Paulo, Marco Vinholi. “São itens necessários para fazer voltar a termos uma vida normal, mas não podemos baixar a guarda”, informou.


PICO

O secretário analisou que o pico será refletido nos próximos dias e, diante das observações, todas as ações são refletidas. “Por experiências na China, Itália, entre outros países, isso aconteceu. As autoridades querem esticar essa onda, existindo a necessidade de um controle para aparelhamento do Estado para receber a pandemia”, reforçou.

Braz acrescentou que a estabilização ou redução no número de casos de pessoas com o Covid-19 nesse período é graças ao trabalho realizado pelas autoridades de saúde, sendo o isolamento uma das alternativas colocadas em prática no município.

“Pode-se dizer que não vamos salvar todo mundo e, mesmo com o óbito, todos que apresentaram indícios do vírus foram assistidos graças ao suporte que temos”, relatou. Ele avaliou em uma situação hipotética que, sem o isolamento, com um número de 50 pacientes com Covid-19, muitos morreriam por falta de suporte hospitalar.

A UTI (Unidade de Terapia Intensiva) da Santa Casa possui 10 leitos, sendo três para isolamentos, como foram nos casos de coronavírus. Também não existem testes rápidos suficientes para atender toda a população, então seria, segundo ele, muito difícil atender a demanda em caso de aumento.


ISOLAMENTO

O secretário alertou que as pessoas devem se atentar para a necessidade do isolamento e que muitas ainda insistem em não atender a determinação. Dentre os locais na cidade em que há a aglomeração está a pista de caminhada do Santa Leonor,

Na oportunidade, Braz pediu para que as pessoas evitem isso. Neste sentido, foram feitas reuniões com vários segmentos e a alternativa para minimizar foi o decreto específico para bancos, lotéricas, supermercados, para que eles auxiliem seus clientes desde hora de entrada, na fila, até o acesso aos caixas.

“No caso das agências, ainda foi determinado a higienização constante dos terminais de atendimento, portas e maçanetas. Além disso, devem ter um profissional para organização e manter a distância entre os clientes”, destacou. O secretário voltou a reforçar que todos os estabelecimentos estando em funcionamento devem atender as recomendações.

“É necessário que a população dê sua contribuição nessa batalha, seja em casa ou no trabalho. Precisamos caminhar unidos em uma única direção com prevenção, lavando as mãos, usando álcool em gel, evitando aglomerações, entre outras mudanças. Se fizermos isso, estaremos protegidos e sairemos bem rapidamente dessa crise”, finalizou.



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