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Série histórica mostra agravamento na ocupação de UTIs no SUS

Saúde

Boletins da Fiocruz indicam 19 estados em zona de alerta crítica

Situação é considerada de alerta crítico quando a ocupação das UTIs atinge 80%

Situação é considerada de alerta crítico quando a ocupação das UTIs atinge 80%. Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

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Com 19 Estados na zona de alerta crítica para a ocupação de leitos de UTIs (Unidades de Terapias Intensivas), destinados a pacientes com a Covid-19, o SUS (Sistema Único de Saúde) vive o momento de maior lotação desde o início da pandemia, mostra a série histórica de mapas divulgada ontem (4), pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

O estudo reúne os mapas publicados em 17 boletins do Observatório Covid-19 Fiocruz, divulgados desde 17 de julho do ano passado. “Mesmo no período entre a segunda metade de julho e o mês de agosto, quando foram registrados os maiores números de casos e óbitos, não tivemos um cenário como o atual, com a maioria dos estados e o Distrito Federal na zona de alerta crítica”, analisa a fundação.

A situação de um estado é considerada de alerta crítico quando a ocupação das UTIs atinge 80% das vagas disponíveis para adultos no SUS. Os mapas mostram que o Amazonas está com as unidades de terapia intensiva em situação crítica de forma duradoura: à exceção do boletim de 7 de dezembro, as UTIs amazonenses apresentaram mais de 80% de ocupação em todas as análises desde 9 de novembro, somando oito vezes.

O Estado de Goiás foi o que mais apareceu na zona de alerta crítica, ocupando essa posição em nove dos 17 mapas, incluindo os últimos três. Pernambuco é o Estado na zona de alerta crítica a mais tempo de forma ininterrupta, já que foi classificado dessa forma em 7 de dezembro e se mantém com ocupação acima de 80% há sete boletins seguidos. Rondônia e Paraná entraram na zona de alerta crítica em 18 de janeiro e permaneceram nela até a última análise, de 1 de março.

No último boletim da Fiocruz, somavam mais de 80% de ocupação nas UTIs: Acre (92%), Amazonas (92%), Bahia (83%), Ceará (93%), Distrito Federal (91%), Goiás (95%) Maranhão (86%), Mato Grosso (89%), Mato Grosso do Sul (88%), Pará (82%), Paraná (92%), Pernambuco (93%), Piauí (80%), Rio Grande do Norte (91%), Rio Grande do Sul (88%), Rondônia (97%), Roraima (82%), Santa Catarina (99%) e Tocantins (86%).

Os pesquisadores detalham que, no caso de Minas Gerais, o estado tem divulgado taxas de ocupação de leitos de terapia intensiva sem distinção entre leitos de UTI gerais e da Covid-19. Já para o Estado do Rio de Janeiro, foram considerados dados da capital nos dias 17/07, 27/07, 10/08 e 24/08/2020 pela falta de dados estaduais na época em que os boletins foram divulgados. (*) Por Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro



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