JOVEM PAN PENÁPOLIS

Setor de eventos também sofre com a pandemia do coronavírus em Penápolis

Cidade

Profissionais ligados às atividades e funções foram dispensados, sem previsão de retomada

Empresa de eventos sobrevive fornecendo entre outros, estruturas de palco, som e iluminação para shows e festas

Empresa de eventos sobrevive fornecendo entre outros, estruturas de palco, som e iluminação para shows e festas. Foto: Reprodução/Internet

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A real dimensão das consequências da pandemia do novo coronavírus - Covid-19 - na economia, ainda é impossível de ser avaliada. Mas os pequenos negócios já enfrentam uma nova realidade com a perda de clientes e contratos. Um dos setores mais prejudicados, sem dúvida, foi o de produção de eventos, atingido diretamente pelas medidas de restrição que proíbem a realização de reuniões, festas, congressos e outros eventos públicos.

Ele gera muitos empregos, sendo a maioria informal. Muitas famílias de Penápolis vivem do trabalho em eventos, ou complementam suas rendas atuando como garçons, músicos, seguranças, equipe de apoio, entre outras funções desenvolvidas nesta área.

Em Penápolis, por exemplo, as empresas ouvidas pela reportagem do INTERIOR relataram que estão paradas, somente aguardando as novas diretrizes governamentais - município e Estado -, para ‘ver o que fazer no segundo semestre’, pois a programação do primeiro já não existe mais.


BUFFET

Pascoal Alvares, do Buffet Aparecida, é um dos que esperam ansiosamente pelo término rápido dessa crise, resultado da pandemia da Covid-19, e que prejudicou seu empreendimento em 100%.

Segundo informou, com os casamentos adiados para evitar as aglomerações, as festas também foram canceladas e, dessa forma, não se faz mais nada nos próximos meses, embora ele acredite que no mês de julho alguma coisa pode ser retomada.

“Agora está tudo parado, não tem aniversário, não tem nada, nada mesmo. Vamos aguardar, pois a situação ficou muito difícil”, lamentou. O garçom Márcio Moreno, o Marcinho, que há oito anos trabalha em casamentos, aniversários, batizados e bodas disse que o momento é bastante complicado, mas que tem conseguido alguns ‘bicos’ até em outras áreas.

“Ficou complico, pois quando acontece uma festa muito grande, mais pessoas são contratadas. São mais garçons, seguranças, músicos; é muita gente empregada. Agora, sem eventos, as pessoas estão em dificuldades”, falou. Os fornecedores de bebidas, por exemplo, os chamados serve-festas, também tiveram que reduzir os pedidos, pois a procura pelos produtos oferecidos caiu bastante. “Estão sobrando mesas e cadeiras”, resumiu um deles.


FORMATURAS

A Segundas Intenções - empresa especializada em eventos - está encontrando dificuldades para iniciar contatos com estudantes das redes estadual e particular e ensino para tratar das formaturas. Um dos proprietários, Francis Arisa, informou que manteve contato em algumas escolas, porém não teve tempo hábil para definir nada até agora.

Ele explicou que as definições relacionadas à organização das formaturas sempre aconteciam entre março e início de abril, mas com a suspensão das aulas, ficou ainda mais difícil.

“Até tentamos um contato com os formandos fora da escola, mas com essa incerteza, também não conseguimos definir nada”, lamentou. Em relação aos demais eventos que estavam agendados, os chamados empresariais, Francis disse que alguns serão remarcar, o que de certa forma alivia um pouco a situação, mas lamentou que outros já foram ou estão cancelados.

“A maioria dos eventos sociais como aniversários foi cancelado. Já os casamentos, estes estão sendo remarcados, o mesmo ocorrendo com os aniversários de 15 anos. Aniversários infantis, a maioria, neste período, não ocorrerá mais”, lamentou.

O cinegrafista Robinson Teixeira também comentou a falta de serviço nesse período de pandemia, com o mercado totalmente parado, inclusive citou o cancelamento de um casamento, programado para o mês de maio. “Como também trabalhamos com fotografia, já tivemos quatro aniversários de crianças cancelados. Estamos aguardando o que vem depois da quarentena, e tentar reagendar alguns eventos”, disse.

Para Renata Parisi, do Reporfoto, a preocupação no setor de formaturas a preocupação é agora, e não o que vai acontecer lá na frente, futuramente. Ela avaliou que todo trabalho de dezembro de 2019 e janeiro desse ano, com as formaturas realizadas, seria vendido agora e começando em fevereiro e março, mas que por conta da pandemia teve que ser abortado.

Segundo a fotógrafa, um exemplo seria que das cerca de 67 formaturas, somente cinco foram vendidas, isso até março. Sendo assim, reforçou que o problema é atual, do momento. “O que vai ser depois, vamos ver no momento certo. A realidade é que não estamos, e isso é visto em outras empresas, preocupados com o que vai acontecer depois”, esclareceu.

Renata ainda lembrou que até as formaturas que aconteceriam em julho foram prejudicadas, mesmo o governo liberando alguma coisa nos próximos dias. Ela ainda destacou que casamentos e batizados as pessoas adiaram e isso pode ocorrer também com aniversários, que podem fazer no ano seguinte e explicar para a criança a razão de isso ocorrer.

“A não ser que seja um sonho da família, da criança, em realizar a festa, mas se não for assim, pode deixar para o próximo ano”, falou. Ainda conforme ela, com a crise, agora, não teriam para quem vender, pois muitos estão desempregados, sem renda, e irão priorizar outras coisas, e não álbuns de formatura. “Como eu disse, o problema é hoje. Vamos ter que segurar”, falou.



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