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Sincomércio e OAB local publicam notas contra lista para boicotar comerciantes

Cidade

Mensagens estão sendo espalhadas em aplicativos como “lugares petistas”

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Mais duas entidades de Penápolis emitaram notas, repudiando o compartilhamento de listas de “estabelecimentos petistas” e pedindo o boicote a comerciantes e demais profissionais destes locais.

Nesta semana, o Sincomércio (Sindicato do Comércio Varejista), em conjunto com a ACE (Associação Comercial e Empresarial), reafirmou a posição contrária a tal atitude, prestando solidariedade a todos que tiveram o nome envolvido indevidamente por conotação política.

“Deixamos registrado todo o nosso apoio aos profissionais que desenvolvem plenamente para o desenvolvimento de Penápolis”, constou.


OAB

Ontem (9), foi à vez da OAB local emitir nota repúdio contra o ato. O documento foi assinado pelo presidente da 78ª subseção, Evandro Bertaglia Silveira; a vice Grasiéle Fernandes Castilho; a tesoureira Ana Beatriz Camargo Castilho e a secretária geral e o adjunto, Cíntia Fernandes Revoredo e Gilson de Almeida Barbosa, respectivamente.

O órgão manifestou solidariedade às vítimas desta prática que “macula o exercício da cidadania, democracia e liberdade de expressão”.

“Advertimos que eventuais prejuízos causados aos profissionais podem impactar em responsabilização civil e criminal, inclusive o mero encaminhamento constitui ilegalidade e poderá ser punido nos termos da lei”, frisou.

A subseção abrange, além de Penápolis, os municípios de Alto Alegre, Avanhandava, Barbosa, Braúna, Glicério e Luiziânia. Recentemente, a Câmara também emitiu nota, repudiando qualquer tentativa de boicote aos comerciantes e outros profissionais locais.

“Manifestamos nossa solidariedade a todos que tiveram os nomes elencados nesta descabida iniciativa de prejudicá-los com conotação política”, destacou. O Legislativo local ainda reiterou total apoio aos que trabalham para o desenvolvimento do município.


CASO

Proprietários de empresas procuraram a Polícia Civil, após terem os nomes de seus comércios divulgados em grupos de mensagens no Whatsapp, em uma suposta lista de “estabelecimentos petistas”.

Nas mensagens, que foram divulgadas logo após as eleições do segundo turno no domingo (31) e que deram vitória a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a presidência, ainda sugeria que a população deixasse de comprar os produtos vendidos pelos estabelecimentos de diversos nichos.

Alguns dos donos procuraram o 1º DP (Distrito Policial) e a delegacia do município para registrarem um boletim de ocorrência. Além disso, um deles, inclusive, precisou utilizar as redes sociais para esclarecer que a informação divulgada pelos grupos era falsa.

Na lista, foram elencadas imobiliária, pizzaria, restaurante, lanchonete, madeireira, oficinas, posto de combustível, livraria, panificadora, quitanda, loja de autopeças e outros tipos de comércios, além de profissionais das mais diversas áreas. Um documento seria enviado ao MP (Ministério Público) para que medidas sejam tomadas.

O compartilhamento pode trazer problemas de ordem criminal, além do dever de indenizar os ofendidos. Dependendo do teor das mensagens enviadas, pode ser entendida como crimes contra a honra ou ameaça, cuja pena de detenção possa ser de seis meses a dois anos e multa, além de relações de consumo, que prevê de dois a cinco anos de prisão ou pagamento de multa.



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