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SP lança plataforma de laboratórios para diagnóstico de coronavírus

Saúde

Intenção é zerar a fila para exames no estado

Meta é que os resultados dos exames passem a ser dados entre 24 horas e 48 horas, no máximo

Meta é que os resultados dos exames passem a ser dados entre 24 horas e 48 horas, no máximo. Foto: REUTERS/Lindsey Wasson/direitos reservados

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O governo do estado de São Paulo lançou, hoje (2), uma plataforma de laboratórios para diagnosticar a covid-19, doença provocada pelo coronavírus. A intenção é zerar a fila para exames no estado que, até ontem (1), tinha 16 mil exames retidos, sendo que 201 deles se referiam a pessoas que já morreram, cujos resultados só deverão ser confirmados no final da tarde de hoje (2). A rede será coordenada por Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan.

"Estamos definindo alguns eixos de ação. O primeiro é diagnosticar as amostras que estão aguardando, fazer um mutirão para que elas sejam rapidamente analisadas e os casos lançados no sistema. Isso tudo dentro de um fluxo que inclua a participação dos municípios. Esperamos zerar essa fila de testes o mais rapidamente possível através desse mutirão", explicou o diretor do Instituto Butantan.

A meta, disse Dimas Covas, é que os resultados dos exames passem a ser dados entre 24 horas e 48 horas, no máximo. “Não podemos ter exames represados porque eles refletem, em tempo real, a evolução da epidemia. Essa é a meta, a automatização com saída direta dos resultados para o sistema. Não temos motivo para ficar atrasando uma parte importantíssima do combate da epidemia”, disse Dimas Covas.

Além dos exames, a plataforma avaliará técnicas para aquisição de insumos e a relação entre custo e efetividade dos insumos e testes disponíveis no mercado, providenciará a distribuição de insumos e testes, de acordo com a situação epidemiológica, e definirá protocolos de trabalho para o sequenciamento genético e investigação do perfil do vírus no território nacional.

​Fazem parte da plataforma o Instituto Adolfo Lutz, o Instituto Butantan, o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, o Hemocentro de Ribeirão Preto, o Laboratório de Análises Clínicas e Patologia do Hospital das Clínicas da Unicamp e o Hemocentro de Botucatu.

A capacidade de realização de exames será de até 10 mil por dia.

​Se houver necessidade, o turno do Instituto Adolfo Lutz poderá ser dobrado para a realização dos testes. Os laboratórios da rede privada poderão ser integrados à plataforma mediante credenciamento da Secretaria de Estado da Saúde.


CASOS

O estado de São Paulo tem 2.981 casos confirmados, com 165 óbitos. Há ainda 337 internados em unidades de terapia intensiva por coronavírus e 384 internados em enfermaria.

O secretário estadual de Saúde, José Henrique Germann, negou hoje (2) em entrevista concedida no Palácio dos Bandeirantes que os casos leves com quadro gripal no estado, suspeitos para coronavírus, não estejam sendo notificados para que as estatísticas de São Paulo fiquem baixas. “O médico deve notificar. Precisamos ter o diagnóstico correto da epidemia como um todo. Não há qualquer orientação da secretaria para não notificar. Quanto mais notificar, melhor”, disse o secretário. (*) Por Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil - São Paulo



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