Tarifas de pedágio ficam mais caras a partir desta quinta-feira
Economia
Reajuste vale também para quem utiliza a Marechal Rondon (SP-300)
Ivan Ambrósio 01/07/2021Motoristas que utilizam as rodovias estaduais, especialmente as que cortam a nossa região, precisarão colocar um pouco mais a mão no bolso a partir desta quinta-feira (1º), quando entram em vigor as novas tarifas de pedágio, conforme autorização da Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo).
Os valores foram publicados no DOE (Diário Oficial do Estado) no último dia 25. O reajuste, de 8,05%, foi baseado na correção da inflação pelo indicador econômico IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), entre junho de 2020 e maio deste ano.
RONDON
Com o aumento, a tarifa da praça de pedágio de Glicério da rodovia Marechal Rondon (SP-300) e que é a mais cara da região, passará dos atuais R$ 7,20 para R$ 7,80. O valor é válido para automóvel utilitário e por eixo comercial. O trecho – que vai de Bauru a Castilho – é administrado pela Viarondon.
Quem utilizar a pista para ir a Araçatuba e depois retornar para Penápolis pagará dos R$ 14,40 - ida e volta - para R$ 15,60. Os condutores que se deslocarem até Ilha Solteira (a 231 quilômetros) desembolsarão dos R$ 26,10 para R$ 28,70 nas cinco praças de pedágios no trecho. Para Lins, o valor aumentará também 50 centavos, de R$ 6,50 para R$ 7 na unidade instalada em Promissão.
Se o destino for Bauru (a 148 km), o valor passará de R$ 17,70 para R$ 19,20 nas três praças existentes. O motorista que viajar até São Paulo (a 478 quilômetros), vai pagar um pouco a mais. De R$ 90 nas 11 praças de pedágios, o valor será de R$ 97,30. Para os motociclistas, o valor da praça de Glicério passa de R$ 3,60 para R$ 3,90.
MUDANÇA
A atualização da tarifa segue os critérios contratuais regulados pela Artesp. O cálculo é feito utilizando-se o conceito de tarifa quilométrica, ou seja, corresponde a um valor fixo por quilômetro multiplicado pelo trecho de cobertura da praça e que varia em função da categoria das rodovias e dos tipos de veículos.
Em 2020, por conta da pandemia da Covid-19, os reajustes foram adiados por cinco meses, tendo os valores sido alterados somente em 1º de dezembro daquele ano. Por se tratar de serviço essencial, nenhuma obra foi paralisada pelas concessionárias no período de quarentena, bem como foram mantidas todas as atividades operacionais, manutenção, atendimento ao usuário e prestação de socorro.
Pelo contrário, campanhas e ações educativas de orientação contra o risco de contágio da doença, reforçando a importância de evitar viagens desnecessárias, foram realizadas. Somente aos caminhoneiros, por exemplo, foram distribuídos mais de 63 mil adesivos eletrônicos para pagamento automático de pedágios (TAGs), 261 mil kits higiene, 313 mil kits alimentação e aplicação de mais de 6,2 mil vacinas H1N1.
A cobrança das tarifas de pedágio contribui para que estas melhorias sejam, cada vez mais, executadas na malha, que totaliza 11,2 mil quilômetros de rodovias. Desde o início das concessões paulistas, a receita dos pedágios viabilizou mais de R$ 137 bilhões em investimentos.
Entre os serviços prestados pelas concessionárias, já foram realizados mais de 30 milhões de atendimentos aos usuários, entre socorro médico e mecânico. Além disso, 27 mil empregos diretos e indiretos foram gerados e R$ 6,2 bilhões de ISSQN (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza), tributo que incide sobre a tarifa de pedágio, foram repassados aos municípios lindeiros para que as prefeituras pudessem investir nas áreas que consideram prioritárias.
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