Tarifas de pedágio ficarão mais caras a partir de 1º de dezembro
Economia
Reajuste para quem utiliza a rodovia Marechal Rondon (SP-300), é de 1,88%
Ivan Ambrósio 25/11/2020Motoristas que utilizarem as rodovias estaduais, especialmente as que cortam a nossa região, precisarão colocar um pouco mais a mão no bolso a partir da 0h de 1º de dezembro, quando entram em vigor as novas tarifas de pedágio, conforme autorização da Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo). Os valores estão publicados no Diário Oficial do Estado da última sexta-feira (20) e estão disponíveis também no site do órgão (www.artesp.sp.gov.br).
A atualização da tarifa - 1,88% - segue os critérios contratuais, com a correção de inflação pelo indicador econômico IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acumulado entre julho de 2019 e junho deste ano. O reajuste deveria ter entrado em vigor em 1º de julho, conforme estabelecido em contrato de concessão, mas foi postergado em razão da pandemia da Covid-19, o novo coronavírus.
RONDON
Com o aumento, a tarifa da praça de pedágio de Glicério da rodovia Marechal Rondon (SP-300) e que é a mais cara da região, passará dos atuais R$ 7,10 para R$ 7,20. O valor é válido para automóvel utilitário e por eixo comercial. O trecho – que vai de Bauru a Castilho – é administrado pela Viarondon. Quem utilizar a pista para ir a Araçatuba pagará dos R$ 14,20 - ida e volta - para R$ 14,40.
Os condutores que se deslocarem até Castilho (a 177 quilômetros) desembolsarão dos R$ 26,10 para R$ 26,60 nas cinco praças de pedágios no trecho. Para Lins, o valor aumentará também dez centavos, de R$ 6,40 para R$ 6,50 na unidade instalada em Promissão. Se o destino for Bauru (a 151 km), o valor passará de R$ 17,40 para R$ 17,70 nas três praças existentes. O motorista que viajar até São Paulo (a 478 quilômetros), vai pagar um pouco a mais. De R$ 85,20 nas 11 praças de pedágios, o valor será de R$ 87.
Para os motociclistas, o valor da praça de Glicério passa de R$ 3,55 para R$ 3,60. Se o destino for para Lins, as despesas serão de R$ 3,25, ante R$ 3,20. O condutor que costuma viajar até Castilho, desembolsará com o reajuste R$ 13,30. Antes, o gasto era de R$ 13,05 nas cinco praças de pedágios. Já para Bauru, a tarifa sobe para R$ 8,85; até hoje, o valor é de R$ 8,70 a serem desembolsados nas três unidades espalhadas pela pista.
MUDANÇAS
O adiamento também contemplou as praças de pedágio da concessionária Entrevias, que teria atualização em 6 de julho, mas passa a valer também em 1º de dezembro. Já das praças de pedágio da concessionária ViaPaulista, que administra 720 quilômetros das Rodovias dos Calçados, ligando as regiões nordeste e sudoeste do Estado de São Paulo, entraram em vigor ontem (23).
O reajuste foi de 3,17%, com base na evolução do IPCA. Em razão dos arredondamentos, 19 praças de diferentes rodovias, que levam ao interior e às praias do Litoral Paulista e Norte, não terão reajuste na tarifa paga pelos usuários. As dos Tamoios terão aumento de 2,13%, de acordo com as previsões contratuais.
As cinco praças do sistema remanescente da concessionária Centrovias e, atualmente, administradas pela concessionária Eixo-SP, não terão alteração, pois já tiveram suas tarifas calculadas em outro processo, cujos valores estão em vigor desde 15 de maio, no início da nova concessão.
Durante o período de isolamento social, as concessionárias, por estarem classificadas como serviço essencial, mantiveram as atividades operacionais nas rodovias, como obras, serviços de manutenção, atendimento ao usuário e prestação de socorro, bem como estabeleceram um protocolo de apoio aos motoristas, especialmente os caminhoneiros com diversas iniciativas, como campanha de vacinação, distribuição de kits de higiene e alimentação. Esse trabalho foi importante para apoiar o abastecimento das cidades no período da quarentena.
INVESTIMENTOS
Desde o início das concessões paulistas, a receita dos pedágios viabilizou mais de R$ 6,6 bilhões em investimentos em obras, manutenção e operação dos 11,2 mil quilômetros de rodovias paulistas sob concessão. Entre os serviços prestados, já foram realizados mais 809,5 mil de atendimentos aos usuários entre socorro médico e mecânico nas rodovias paulistas.
Além disso, R$ 5,8 bilhões de repasse de ISSQN (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza), que incide sobre a tarifa de pedágio, foram repassados para prefeituras paulistas. Essa verba pode ser utilizada pelas administrações municipais para investimentos nas cidades. O Programa de Concessão também garante mais de 25 mil empregos por ano.
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