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Tensão entre países e instabilidade fazem preços dos combustíveis subirem

Economia

Variação do litro do etanol é de R$ 2,95 a R$ 3,09; a gasolina comum é vendida de R$ 4,43 a R$ 4,46

Variação do litro do etanol é de R$ 3,05 a R$ 3,09 e o da gasolina comum de R$ 4,43 a R$ 4,46

Variação do litro do etanol é de R$ 3,05 a R$ 3,09 e o da gasolina comum de R$ 4,43 a R$ 4,46. Foto: Ivan Ambrósio

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O aumento da tensão entre os Estados Unidos e Irã e a instabilidade no preço do petróleo, sob risco de acirramento na crise no Oriente Médio, tem criado expectativa e gerado apreensão em relação ao preço dos combustíveis no Brasil.

E os reflexos já chegaram em Penápolis. Consumidores amanheceram ontem (7) com os novos valores dos combustíveis praticados nos postos da cidade. Até segunda-feira (6), o motorista encontrava o litro do etanol a R$ 2,95.

A reportagem percorreu alguns estabelecimentos durante o dia e pode conferir que, agora, o valor varia de R$ 3,05 a R$ 3,09. Já a gasolina comum, antes a R$ 4,36, hoje é vendida de R$ 4,43 a R$ 4,46. A aditivada é comercializada em alguns postos a R$ 4,56.


REGIÃO

Em Araçatuba, a média do preço do etanol é de R$ 2,98 e da gasolina a R$ 4,48 e Andradina a variação é de R$ 3,17 e R$ 4,57, respectivamente. O levantamento foi feito pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).

Já em Birigui, a diferença é muito acentuada. Na capital do calçado infantil, os valores mais elevado e baixo do etanol, por exemplo, estão em postos a menos de 200 metros de distância. Em um o preço é de R$ 2,99 e, no outro, R$ 2,72, uma diferença de R$ 0,27.

O litro da gasolina pode ser encontrado de R$ 4,25 a R$ 4,59. Conforme os donos de postos, além da concorrência normal do mercado, deve ser considerado que há estabelecimentos com bandeira de distribuidora e outros sem, o que reflete diretamente no valor.


GOVERNO

Após participar de reunião no Ministério das Minas e Energia, o presidente Jair Bolsonaro negou interferência na política de preços da Petrobras. Mesmo assim, o setor varejista de combustível está apreensivo.

Diante das incertezas do setor, o presidente da Petrobras, Roberto Castelo Branco, afirmou na segunda-feira (6) que há “liberdade total” no Brasil para os preços de derivados de petróleo, como os combustíveis, e que não acredita em uma crise econômica motivada pela crise no Oriente Médio.

A atual política de preços de combustíveis foi adotada em 2017. A Petrobras tem repassado às distribuidoras as oscilações do mercado internacional e do câmbio, que incidem sobre o preço do barril de petróleo. O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse ainda que o governo estuda medidas de compensação para reparar os danos de um eventual aumento no preço dos combustíveis do país.

No entanto, descartou que seja por meio de impostos. Já o governo vai propor aos governadores que um aumento no preço dos combustíveis seja compensado por uma redução no ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). A ideia, citada por Bolsonaro, está sendo estudada pelos técnicos do Executivo federal.

Hoje, o imposto sobre combustíveis é cobrado sobre o valor da mercadoria, no modelo “ad valorem”. Por isso, quando os preços da gasolina e do diesel ficam mais caros – seja pelo aumento do dólar ou pelo avanço dos preços internacionais do petróleo –, os Estados arrecadam mais.



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