JOVEM PAN PENÁPOLIS

“Teremos impactos expressivos no setor financeiro”, avalia economista

Economia

Segundo especialista, há grandes chances de haver uma recessão

Economista avaliou que cenário econômico é extremamente preocupante

Economista avaliou que cenário econômico é extremamente preocupante. Foto: Divulgação

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A pandemia do Covid-19, o novo coronavírus, que já vem mudando a rotina de todos e um empenho maior dos órgãos de saúde em atender a demanda de enfermos com a doença, ainda afetará o setor financeiro, principalmente da região.

A avaliação foi feita pelo economista e professor da FAC-FEA (Faculdade da Fundação Educacional de Araçatuba), Marco Aurélio Barbosa. Segundo ele, o cenário é extremamente preocupante. “Teremos um impacto enorme, com grandes chances de termos uma recessão em 2020 com o PIB (Produto Interno Bruto) negativo”, informou.

O economista acrescentou que o efeito desencadeado pela desaceleração econômica será o fechamento de empresas, redução da produção, aumento da capacidade ociosa das estruturas produtivas e desemprego. “Infelizmente, todos os setores serão afetados (indústria, comércio, serviços e agropecuária). O público também será impactado em decorrência da necessidade de aumento de gastos e queda de receitas”, ressaltou.

Barbosa explanou que essa crise é atípica. “Ela é difícil de prever as consequências, duração, profundidade e extensão. A instabilidade cambial, do mercado de capitais e de perspectivas de avaliação de cenários futuros trava os investimentos e reduz a demanda, que são as molas propulsoras do crescimento”, observou.


CALMA

O economista lembrou que, nesse momento, é preciso ter calma e acompanhar o desenrolar da situação diária. “Tenho certeza de que nossos empreendedores encontrarão caminhos e alternativas para enfrentar mais um desafio econômico”, disse.

Ele frisou que novas empresas já tem experiência acumulada em enfrentar crises econômicas e políticas. “A diferença é que a situação desde 2014 tem sido complicada e muitos setores estão enfraquecidos para o atual contexto, com destaque para o industrial que vem encolhendo sua participação no PIB do Brasil”, destacou.

Por outro lado, Barbosa que o governo federal deva utilizar todo o seu “arsenal” de políticas econômicas para enfrentar esse período e reduzir o impacto no país.

“Entre as medidas destacam-se a queda da taxa de juros, o aumento da disponibilidade de crédito, a transferência de renda com pagamento aos setores informais da economia, a flexibilização da lei trabalhista para redução de jornada e salários, o adiamento de recolhimento de impostos e o aumento de gastos públicos. São medidas contra cíclicas que atenuam o impacto econômico do coronavírus”, pontuou.

O economista finaliza que, por enquanto, é preciso aguardar e acompanhar a evolução da conjuntura econômica e a publicação dos primeiros indicadores econômicos de fevereiro e março. “Após isso, teremos métricas que sirvam de termômetro para avaliar a profundidade da crise”, concluiu.



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