TJ-SP suspende medidas que flexibilizaram serviços em Araçatuba
Região
Salões de beleza, barbearia, escritórios de contabilidade, advocacia e imobiliárias e lojas de crediário voltam a ficar proibidos de funcionar
Da Redação 29/04/2020O TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) concedeu liminar suspendendo o artigo 3º do decreto publicado pelo prefeito Dilador Borges (PSDB), de Araçatuba, na semana passada.
Com a medida, alguns serviços considerados não essenciais por decreto estadual, voltaram a funcionar, entre eles salões de beleza, barbearia, escritórios de contabilidade, advocacia, imobiliárias e lojas de crediário.
Com a decisão, do desembargador Carlos Bueno, volta a valer o decreto estadual, que proíbe o funcionamento desses estabelecimentos até 10 de maio.
A decisão atende pedido da Procuradoria-Geral de Justiça, que recorreu ao tribunal após a Justiça local negar o pedido no mesmo sentido, feito pelo Ministério Público em Araçatuba.
DISTANCIAMENTO SOCIAL
No despacho, o desembargador cita que as restrições impostas pelo decreto do governador João Doria (PSDB), que entrou em vigor em 24 de março, visam implementar o distanciamento social, indicado pela OMS (Organização Mundial de Saúde).
O objetivo da medida é a prevenção e contenção da escala de contágio da pandemia da covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus. Segundo o desembargador, o decreto estadual está de acordo com decreto federal de 20 de março, que define os serviços públicos e as atividades essenciais.
“Dessa forma, o ato normativo municipal alargou o conceito de serviços essenciais já estabelecidos por normas federal e estadual” , cita no despacho.
Ele acrescenta que o Ministério da Saúde declarou o estado de transmissão comunitária do novo coronavírus, em todo o território nacional, e o afrouxamento das regras de isolamento social permitirá maior contato entre pessoas.
A medida tomada pela Prefeitura de Araçatuba, de acordo com a decisão, possivelmente elevará o número de transmissão e provocará a piora da situação sanitária, que é o oposto dos objetivos mais urgentes do momento atual, que são a proteção à vida, à saúde e o combate ao novo coronavírus.
VAI ACATAR
A Prefeitura de Araçatuba informou por meio da assessoria de imprensa que até a tarde desta quarta-feira não tinha sido foi notificada, mas acatará a determinação da Justiça e prestará todas as informações solicitadas.
O município argumenta que a Procuradoria-Geral de Justiça entrou com Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) contra o decreto, resultando na liminar que suspende a autorização para que parte do comércio funcionasse. (*) Por Lázaro Jr/Hojemais Araçatuba
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