Trabalhadores são vítimas de golpe e têm dinheiro sacado do FGTS emergencial
Polícia
Ao menos 11 pessoas procuraram o plantão policial neste final de semana para registrar BOs
Ivan Ambrósio 20/10/2020Pelo menos 11 pessoas procuraram, durante o final de semana, o plantão policial de Penápolis, para registrarem boletins de ocorrência de terem sido vítimas de golpe. Eles tentaram fazer o saque emergencial do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) de até R$ 1.045 e descobriram que o dinheiro já havia sido retirado.
Os casos ocorreram no sábado (17), quando a agência da Caixa, em Penápolis, abriu das 8h às 12h para este tipo de serviço. Em todos os casos, as vítimas, que foram orientadas por funcionários da unidade a registrarem os BOs, relataram que, ao irem sacar a quantia, foram surpreendidos com depósitos feitos sem a autorização dos beneficiários.
O golpe se dá da seguinte forma: usando o CPF e o nome dos trabalhadores, golpistas se cadastram no aplicativo Caixa Tem, informando um e-mail falso e, com isso, pegam o dinheiro. Como o aplicativo não solicita confirmação da identidade do usuário, os golpistas não enfrentam dificuldades para “roubar” o acesso ao Caixa Tem e sacar os benefícios.
NOTA
Em nota enviada pela assessoria de imprensa, a Caixa esclareceu que, para conter as ações dos fraudadores, diversos mecanismos têm sido constantemente implementados pelo banco, dentre os quais, as validações digitais de dados dos clientes em bases internas, externas e por imagem; monitoramento de cadastros e transações, além da atuação junto à PF (Polícia Federal) para investigação.
O banco ainda recomendou que os trabalhadores utilizem apenas os canais oficiais do banco para obter informações sobre o auxílio emergencial e o FGTS e que vem melhorando os critérios de segurança de acesso ao Caixa TEM constantemente.
A Caixa frisou que pedidos de contestações de saque podem ser solicitados a qualquer momento pelos clientes e que os processos são analisados com a máxima celeridade, em virtude da necessidade imposta pela situação de emergência em que o país se encontra.
“Por motivos de segurança, os dados e os critérios técnicos de análise de suspeitas de fraudes não podem ser expostos ao público em geral, mas apenas aos órgãos policiais envolvidos nas investigações. O banco atua conjuntamente com a PF e demais órgãos de segurança pública na identificação de casos suspeitos e na prevenção das fraudes”, finalizou.
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