JOVEM PAN PENÁPOLIS

Trio é preso por render vítimas em canavial e roubar caminhonete

Polícia

Assalto ocorreu em Glicério; eles bateram a Hilux em uma árvore numa estrada

Vítimas foram obrigadas a deitar no chão e amarradas com lacres conhecidos como enforca-gato

Vítimas foram obrigadas a deitar no chão e amarradas com lacres conhecidos como enforca-gato. Foto: Ilustração

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Três pessoas – duas de Birigui e uma de Araçatuba – foram presas, no final da tarde de quinta-feira (25), por roubarem uma Toyota Hilux em um canavial na zona rural de Glicério. Eles foram detidos após baterem a caminhonete em uma árvore numa estrada de terra que liga as cidades de Coroados e Birigui.

Os acusados confessaram o crime, informando que teria sido “encomendado”. Outras duas pessoas foram levadas ao plantão policial, suspeitas de participação no assalto. Pouco depois das 16h30, policiais militares receberam a informação do roubo e com as vítimas sendo feitas reféns, tendo ainda um VW Santana de cor prata, envolvido na ocorrência.

Uma equipe foi até a estrada quando, no quilômetro 6, próximo de um bar no bairro rural Córrego do Campo, em Coroados, acharam a Hilux danificada. Durante vistoria, os PMs viram marcas de sangue e recolheram uma balaclava preta (tipo de gorro que cobre a cabeça). O IC (Instituto de Criminalística) esteve no local realizando perícia.


CANAVIAL

Durante a ocorrência, os militares receberam a informação que três homens estavam escondidos em um canavial recém-plantado. Eles foram até o espaço, localizando os suspeitos que tentavam entrar em uma mata. Dois deles, de 31 e 19 anos, residem em Birigui. O outro, de 20, é morador de Araçatuba e estava ferido na testa.

Perguntado, contou que bateu a cabeça no para-brisa da caminhonete quando o mais velho, que guiava a Hilux, perdeu o controle, batendo-a em uma árvore. Em buscas no local onde foram encontrados, a equipe apreendeu um celular, dois bonés, camiseta branca e uma blusa preta e com manchas de sangue.

Não foi achada nenhuma arma de fogo. Os PMs voltaram onde estava a caminhonete. As vítimas, de 28, 32 e 40 anos, já estavam por lá. Elas residem em um sítio em Promissão e contaram que estavam colhendo cana em uma propriedade que fica à beira de uma estrada em Glicério, quando viram o carro Santana, ocupando por cinco pessoas, passar duas vezes.

Eles ainda ressaltaram que, na terceira vez que o automóvel trafegou, já estavam apenas dois ocupantes, que os rendeu. Um deles estava armado com uma pistola e os obrigou a deitar no chão, prendendo as mãos com lacres de plásticos, conhecidos como enforca-gato. Uma das vítimas conseguiu correr para o canavial e informar ao patrão sobre o assalto. Os bandidos fugiram na sequência com a caminhonete.


SUSPEITOS

Ainda nas buscas, dois suspeitos, de 33 e 29 anos, foram identificados e detidos. Eles estavam com o Santana descrito pelas vítimas na estrada de terra que liga o bairro João Crevelaro, de Birigui, a Coroados. Na abordagem, o mais jovem assumiu a propriedade do carro. Ele disse que voltava de Glicério, onde estava com um amigo negociando um cavalo.

O comparsa confirmou a informação. Dentro do automóvel, foram recolhidas uma blusa azul e um cartão. O grupo foi levado ao plantão policial, onde as vítimas reconheceram o homem de 31 anos que estava armado durante o roubo e outros dois com ele no canavial.

Ouvido pelo delegado plantonista, o que estava com a pistola confessou a autoria, relatando que foi até o canavial com os demais, após saber por um conhecido que a caminhonete tinha seguro.

Ele ainda revelou que a pessoa que lhe forneceu a informação deixou o local em um Monza e que, após pegarem a Hillux, que ligassem para saber onde a deixariam. O rapaz frisou que ordenou para que as vítimas, durante o assalto, deitassem no chão, mas negou que estava armado.

Em seguida, ele e os comparsas pegaram a caminhonete e foram até um bar - onde ela foi encontrada batida -, aguardando a ligação do suposto “contratante do serviço”. Após a conclusão do boletim de ocorrência, o trio foi encaminhado para a cadeia de Penápolis, estando à disposição da Justiça.

O delegado representou pela conversão das prisões em preventivas. Os outros dois que foram detidos com o Santana prestaram esclarecimentos e foram liberados. O caso seguirá em investigação.



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