“Um idealista”, diz João Castilho sobre Fábio Meirelles na Faesp

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Fábio Meirelles foi eleito com 98% dos votos válidos

Da Redação 10/12/2019

O presidente do Sindicato Rural de Penápolis (Sirp), Dr. João Castilho comentou sobre a reeleição, por mais quatro anos, do presidente da Faesp (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo), Fábio Meirelles, com 98% dos votos válidos.

A Faesp congrega 237 sindicatos rurais, com 327 extensões de base, e está presente em 564 municípios, entre os 645 que compõem o Estado de São Paulo. Segundo Castilho, que conhece Meirelles há pelo menos oito anos, trata-se de uma pessoa que trabalha pela causa, e em defesa da causa ruralista, e qualquer observação a seu respeito, fora desse contexto, é mera especulação.

“Digo oito anos, porque antes eu ia muito pouco às reuniões por conta da minha atuação como advogado aqui (Penápolis), mas sempre estavam os delegados do sindicato. Depois, pela falta de um deles, passei a ir mais e foi assim que eu o conheci mais profundamente”, disse Castilho.

Foi assim também que o presidente do sindicato local, atendendo a um pedido do próprio Meirelles, fez parte da chapa no mandato anterior, no conselho fiscal. Ao comentar que ainda continuará nesse mandato, mas como suplente, Castilho disse que Meirelles é grande um idealista, e que nunca mediu esforços para que o Federação atendesse às demandas do setor.

Lembrou-se de várias situações em que ele, de forma altruísta, dispôs de bens pessoais para ajudar sindicatos de várias regiões, e isso teria ocorrido de forma mais acentuada na década de 1980, quando essas agremiações atravessavam por dificuldades por conta da inflação alta.

“Sempre foi um homem de ótima condição financeira, de posses, e à frente da entidade só fez por ajudar o setor e aqueles que precisavam dele”, destacou Castilho. Fábio Meirelles recebeu títulos de Cidadão em diversas cidades do Estado e, somente na microrregião, foi agraciado em Penápolis, Glicério, Luiziânia e Barbosa. “Logo virão os de Alto Alegre e Avanhandava”, lembrou Castilho.


DISCURSO

Em discurso proferido depois do encerramento da votação, Fábio Meirelles defendeu a permanente união do setor e das entidades representativas da atividade rural como forma de sensibilizar os poderes públicos para a necessidade de implantar no País uma política agrícola abrangente e de longo prazo.

“O trabalho integrado, com plena união de esforços, permitiu à Faesp aferir resultados significativos que, mais uma vez, dão a dimensão da representatividade do homem do campo nos cenários econômico, social e político”, disse Meirelles. Segundo ele, os desafios são grandes e permanentes, mas podia afirmar que o agronegócio brasileiro tem buscado soluções e adotado práticas que endereçam essas questões, com base em conhecimento científico e inovações.

“Com maior atenção ao setor, políticas assertivas e investimentos, em breve poderemos apresentar muitas outras contribuições sistêmicas do agronegócio ao desenvolvimento nacional”, disse.


CÓDIGO

Em seu discurso, defendeu versão do Código Florestal aprovada pela Câmara dos Deputados. Segundo ele, houve um embate forjado por ambientalistas entre a produção e o meio ambiente. E acrescentou que os produtores rurais são a favor da proteção ambiental.

“O produtor rural é por natureza conservacionista, por ter na terra e no meio rural a razão de sua subsistência. No nosso entender, a proposta original da Câmara é mais favorável aos produtores, enquanto os ajustes feitos no Senado limitaram as definições e a abrangência das medidas de regularização ambiental”, explicou.

Ressaltou que a proposta não contempla todas as demandas e questões que afligem os produtores rurais. No entanto, representa um avanço em relação à legislação vigente que sofre de inúmeras deformações e vícios, penalizando sobremaneira os agricultores paulistas e brasileiros. (*) Com informações do Canal Rural