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Usina Aliança contrata para iniciar processo de moagem a partir de junho

Cidade

Direção estima moer inicialmente 450 mil toneladas de cana; capacidade é para 1 milhão

Usina Aliança inicia sua produção industrial após 20 anos de expectativas

Usina Aliança inicia sua produção industrial após 20 anos de expectativas. Foto: Arquivo/JI

JOVEM PAN PENÁPOLIS

Diretores da Usina Nova Aliança anunciam uma boa notícia para Penápolis e região. Com a contratação de frentes de trabalho, a indústria deverá iniciar o processo de moagem ainda neste primeiro semestre de 2021. A previsão é por a usina para funcionar entre o dia 1º e 10 de junho. Mesmo frente às incertezas econômicas e a crise pandêmica causada pelo novo coronavírus (Covid-19), o grupo empresarial decidiu iniciar suas atividades.

A Aliança fica às margens da rodovia Assis Chateaubriand (SP-425), entre os municípios de Penápolis e Braúna. Com a operacionalização, a cidade volta a ter uma usina de açúcar e álcool, uma vez que perdeu a Campestre e depois a Clealco, que havia adquirido o Parque Industrial da antiga Companhia Açucareira de Penápolis.

O setor sucroalcooleiro sempre foi importante na geração de empregos e movimentação da economia local. A confirmação partiu do empresário Roberto Sodré Vianna Egreja, que lidera o grupo empresarial proprietário da Aliança. Ele falou sobre a atividade da usina durante sua participação no programa Célio de Oliveira, da Rádio Difusora FM (88,3 MHz), na manhã da última sexta-feira (26). A Nova Aliança produzirá açúcar e álcool.

De acordo com o empresário, serão empregados, ao menos, 200 colaboradores diretos, nas diversas áreas de produção. Ao longo dos últimos três anos, ao menos 80 funcionários vinham trabalhando no complemento da instalação e revisão do maquinário.

Neste primeiro ano, de forma reduzida frente a sua capacidade de moagem, estimam-se processar 450 mil toneladas de cana-de-açúcar. “Essa estimativa se deve às incertezas da economia. É pouco para a capacidade de moagem, o que até causa incertezas quanto à manutenção da empresa, mas é preciso acreditar e começar o trabalho”, disse Egreja.


CAPACIDADE

Pelas projeções, a nova usina precisa atingir a marca de 800 mil toneladas/safra para se manter por vários anos. Mas, conforme o empresário, a meta é atingir e ficar na capacidade de 1 milhão de toneladas em cada ano de moagem.

A Aliança já deveria ter iniciado a produção em 2019, mas o cenário ainda era de dificuldades no ambiente canavieiro, com contratos firmados pelos produtores com usinas da região. Egreja explicou que também não teve volume para o “start” no ano passado, que acabou ainda prejudicado pela pandemia.

“A despeito de não se ter muita cana e ainda vivenciarmos uma situação de emergência sanitária mundial, decidimos de forma conjunta que era preciso começar. Estamos neste momento abrindo mão de rentabilidade na venda da cana, com sacrifício talvez de até perdermos dinheiro, mas isso fará a empresa iniciar sua atividade industrial, e mais do que isso, voltaremos a ter uma usina sucroalcooleira novamente em Penápolis e de Penápolis”, explicou.

Os produtores do município fornecem cana para usinas da região, distantes entre 80 e 100 quilômetros. “Perdemos a usina da cidade, mas não ser perdeu a produção canavieira que continua sendo cultivada. Agora é olhar para frente e nós estamos já buscando negociações com os produtores locais e da região para que possam vir com a gente, e antes de vender para outras usinas conversem primeiro com a Aliança”, destacou.

Há 20 anos, ao menos, um grupo de fornecedores de cana-de-açúcar começou a implantação da nova usina penapolense, que recebeu o nome de Evereste. Porém, devido a uma série de problemas acabou inviabilizando o início da sua atividade industrial. Egreja passou a fazer parte do grupo acionista há quatro anos, adquirindo alguns ativos da empresa e propondo, a partir dessa condição de acionista, uma parceria com os demais 18.



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