Vandalismo contra animais na região do Estádio preocupa APAP

Cidade

Indivíduos levaram um cachorro para correr atrás dos gatos que estão no local

Carlos Netto 29/07/2020

O ato de vandalismo contra um abrigo de gatos existente na rua 15 de Novembro, ao lado do Estádio Municipal Tenente Carriço, ocorrido em julho trouxe grande preocupação para os voluntários que acolhe os animais no local, e também pelos responsáveis pela Apap (Associação Protetora de Animais de Penápolis) que acompanha o abrigo.

O presidente Lauro Kussano informou que um dos voluntários que alimenta os animais acompanhou e registrou fotos da ação de dois jovens que passaram pelo local por vários dias seguidos, na tentativa de pegar dois filhotes. Diante da tentativa de pegar os animais, ainda destruíram o abrigo e jogaram pedras nos bichos indefesos.

Ele disse ainda que os dois indivíduos levaram um cachorro para correr atrás dos gatos que estão abrigados no local. “Também afrontaram e ofenderam as pessoas que cuidavam dos gatos, tanto que pessoas que passavam pelo local, de carros e motos, tiveram que parar para intervir. Nem isso fez com que os dois jovens parassem com as agressões aos animais e às pessoas”, lamentou.

Após o episódio, o grupo que acolhe os animais encontrou um filhote morto e informou que outro ainda continua desaparecido. Com esse fato, os diretores da associação estão pedindo, encarecidamente, para que as pessoas que gostam dos animais, e mesmo que não possam tê-los em casa, ajudem a cuidar dos que estão naquele local.

Kussano relatou que mesmo tendo conhecimento facial dos indivíduos, pois um dos voluntários registrou a ação, não fez boletim de ocorrência por temer que os vândalos retornem ao local e agissem com mais ferocidade, inclusive com as pessoas que acolhem e cuidam dos felinos.

“No local vivem cerca de 60 gatos de rua e nós pedimos às autoridades para que nos ajudem coibir os maus tratos, que vêm aumentando a cada dia na mesma proporção que a impunidade”, pediu.


ABANDONO

O presidente disse que a entidade tem alertado à comunidade em geral que o abandono de animais, um crime previsto pela Legislação Brasileira, e causa sofrimento às espécies e traz prejuízos à saúde pública. Embora alguns argumentem que o abandono é melhor do que estar acolhido e, ao mesmo tempo, sendo maltratado, a Apap alerta que esses animais podem morrer atropelados ou lentamente de depressão, fome, sede ou doenças.

“É sabido que os animais domésticos soltos em vias públicas tem relação direta com acidentes de trânsito, que não prejudica apenas o animal, mas também os humanos”, observou. Kussano enfatizou que o ato de abandonar resulta em prejuízos que ultrapassam a saúde emocional e física desses animais, refletindo na sociedade da qual eles são as vítimas.


BANDA TUNA

O presidente elogiou o apoio que a Banda Tuna tem dado com a realização das lives beneficentes, cujo resultado é visto nas contas das rações adquiridas pela entidade. Nessa semana, por exemplo, com a chegada da conta de ração, foi possível ter uma noção do impacto positivo delas em prol da associação.

“Além das doações que recebemos normalmente, pagamos mais de R$ 1 mil por mês de alimentação. Na última conta antes da live, passou de R$ 1,5 mil, enquanto no mês seguinte, caiu para R$ 250 e a última conta para apenas R$ 70. Gratidão a todos os amigos que fizeram parte disso. Os animais agradecem”, elogiou.


AJUDA

A Apap informou que a ração distribuída aos gatos adultos está chegando ao fim e, nesse momento, seria muito importante que a comunidade participasse com a sua ajuda. No local, são cerca de 100 gatos adultos e o consumo é muito alto. Por isso, toda ajuda é muito importante.

A ração distribuída aos felinos é a Special Cat Mix e quem puder ajudar, deve entrar em contato com a associação, pois existem muitos parceiros - lojas especializadas - que em cada compra oferecem uma parcela para a entidade. Outra forma de ajudar é adquirindo as máscaras que são vendidas por voluntários, além do álcool em gel. “Lembrando que elas possuem as alças macias e ajustáveis, basta puxá-la para esconder o nó”, finalizou.