Venda do litro do etanol despenca e preço do combustível recua nas bombas
Economia
Comercialização do litro do combustível está agora 12% mais barato que no mês passado
Ivan Ambrósio 09/12/2021Após atingir o patamar de R$ 5,49 o litro no mês passado, o preço do etanol começou a recuar nos postos de combustíveis em Penápolis. O valor elevado, no entanto, provocou uma queda na competitividade do biocombustível frente à gasolina, que passou a ser preferência de grande parte dos motoristas na hora de abastecer.
Levantamento feito no final da manhã de ontem (8), pela reportagem do INTERIOR nos postos instalados na cidade, apontou que o preço varia de R$ 4,83 a R$ 4,89, uma queda de 12% em comparação com o valor registrado no mês passado. Apenas dois estabelecimentos, até o fechamento desta edição, comercializavam o litro entre R$ 5,18 e R$ 5,19.
Já a gasolina comum é vendida na média de R$ 6,44 a R$ 6,59 e a aditivada entre R$ 6,54 a R$ 6,69. Para calcular qual combustível é mais vantajoso, basta dividir o valor do litro de ambos. Se o resultado for menor que 0,7, abasteça com álcool. Se maior, escolha a gasolina.
ESTADO
No final da última semana, o litro do etanol hidratado na média do Estado de São Paulo era cotado nas usinas por R$ 3,459 - valor sem frete e impostos -, segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). No final de outubro, ele era cotado em R$ 3,828. Já o anidro foi vendido a R$ 4,000 por litro no final da semana passada, ante o pico de R$ 4,5353 no início de novembro.
Essa condição pode favorecer também uma queda no preço da gasolina, já que o combustível fóssil utiliza 27% de etanol anidro em sua composição. A CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado aprovou na terça-feira (7), projeto de lei que cria um programa de estabilização do valor do petróleo e de derivados no Brasil e força uma alteração na política de preços da Petrobras.
A proposta foi apresentada no contexto de reclamações sobre os aumentos do preço dos combustíveis. O texto segue para votação do plenário. Se aprovado, precisará ser apreciado pela Câmara dos Deputados. Ela tem o condão de alterar a política de preços de reajustes da Petrobras, que considera as variações dos preços do barril de petróleo no mercado internacional e do câmbio.
Pelo projeto de lei, os preços internos praticados por produtores e importadores de derivados do petróleo deverão ter como referência as cotações médias do mercado internacional, os custos internos de produção e os custos de importação, “desde que aplicáveis”.
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