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Vereador Ditinho aciona Ministério Público contra pagamentos de disponibilidade no Daep

Política

Dos 19 funcionários que vem recebendo, apenas três teriam de fato direito

Ditinho questiona via MP se pagamento de disponibilidades no Daep é legal

Ditinho questiona via MP se pagamento de disponibilidades no Daep é legal. Foto: Arquivo/JI

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O vereador Isanoel Ditinho (Podemos), da base governista do prefeito Caíque Rossi (PSD) na Câmara de Penápolis, anunciou, através de suas redes sociais, que acionou o Ministério Público contra o pagamento de disponibilidade para 16 funcionários do Daep (Departamento Autônomo de Água e Esgoto de Penápolis).

Segundo ele, o benefício tem sido concedido de forma indevida, porque os contemplados já ganham como encarregados, chefes e diretores.

Ditinho relatou que dos 19 funcionários da autarquia que vem recebendo disponibilidade, apenas três teriam de fato direito ao pagamento por realizarem serviços nos finais de semana e feriados.

“Os 19 funcionários não passam cartão de ponto, o que torna difícil o controle de carga horária de trabalho”, considerou. O vereador confirma ter protocolizado o pedido de apuração no MP na segunda-feira (4). Conforme ele, o motivo da representação se deve à falta de atenção e providências por parte da atual administração.

“Eu conversei com o prefeito sobre o assunto, cobrando providências antes de chegar a esse ponto, que é acionar e encaminhar para a Promotoria de Justiça. Por não ter havido manifestação por parte dele de interesse de ir a fundo e esclarecer essa situação, nosso compromisso de ser transparente com a população foi levar ao conhecimento do MP para ver se está ou não certo tal pagamento”, disse ele à reportagem do INTERIOR.

Ainda conforme Ditinho, na resposta recebida pelo Daep após seu pedido de informações, esclareceu que o departamento trabalha em sistema de plantão executando os serviços quando acionados.

“Chefes e encarregados dos 19 beneficiados com a disponibilidade, no meu entendimento, apenas três cumprem com o papel, sendo chefes e encarregados de manutenção, realmente necessários, e os demais não se enquadram. Isso na minha opinião”, argumenta.


OUTRO LADO

A direção do Daep, consultada sobre a representação do vereador, informou que o adicional de disponibilidade é previsto no art. 21 da Lei Municipal 111/91 que regulamenta o quadro de pessoal do funcionalismo público de Penápolis.

Em síntese, os empregados públicos que exercem funções não subordinadas a horário recebem o acréscimo de 20% da remuneração básica sem incorporação para nenhum efeito.

“A característica dos serviços públicos de saneamento básico que são prestados pelo Daep exige atenção contínua e ininterrupta. Frequentemente acontece imprevistos, como rompimento de redes de água, entupimento de rede de esgoto, operação do aterro sanitário nos finais de semana e feriados, incêndios na área de inertes do aterro, eventos de educação ambiental em finais de semana e à noite e tantos outros que demandam que as chefias estejam disponíveis para resolver as ocorrências em qualquer dia e horário. São condições para garantir a continuidade da prestação dos serviços”, diz trecho da resposta.

Ainda que o pagamento da disponibilidade ocorre desde 1991 conforme previsto em lei municipal e tem se apresentado como importante instrumento de gestão, adequado com as características dos serviços contínuos prestados pelo Daep.

“A disponibilidade também é economicamente viável porque é vantajosa ao erário público, pois não há pagamento de horas extras aos 19 funcionários que recebem a disponibilidade. Vale ressaltar que na atual administração não foi criado nenhuma nova disponibilidade para nenhum outro servidor, apenas mantida a situação existente a mais de 20 anos”, ponderou.

Esclarece ainda que o Daep tem 254 empregados ativos, sendo que o referido adicional é pago para 19 deles. “Isso representa menos de 7,5% dos funcionários da autarquia. Se tomarmos por base a folha de pagamento de junho de 2022, que foi de R$ 891.808,98 o pagamento da disponibilidade aos 19 servidores foi de R$ 11.359,79, que representa 1,25% dos gastos com pessoal”, finalizou.

 



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