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Vereador e mais 10 réus são condenados pela Justiça de Penápolis em processo da Raio X

Justiça

Cabeça foi condenado a 5 anos em regime semiaberto; Cleuer a 7 anos

Operação Raio X foi deflagrada em setembro de 2020 pelo Gaeco e Polícia Civil

Operação Raio X foi deflagrada em setembro de 2020 pelo Gaeco e Polícia Civil. Foto: Arquivo/JI

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Mais 15 réus, incluindo o vereador José Antônio Ferres Chacon, o Cabeça (MDB), e o médico Cleuer Jacob Moretto, foram sentenciados pela Justiça de Penápolis, no processo referente à Operação Raio X, deflagrada em setembro do ano passado pela Polícia Civil e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público.

A sentença foi proferida pelo juiz da 1ª Vara Criminal, Marcelo Yukio Misaka. Cabe recurso. A ação investigou suposta organização criminosa que seria especializada no desvio de recursos da Saúde por meio de OSSs (Organizações Sociais de Saúde). Estima-se que cerca de R$ 500 milhões foram extraviados.

A Prefeitura local tinha contrato com a Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Birigui, que gerenciou o pronto-socorro municipal. O projeto, segundo apurado, teria sido elaborado pelo médico anestesista Cleudson Garcia Montali, apontado como líder e condenado a 104 anos de prisão em regime fechado, além de indenizar o município em quase R$ 1 milhão.


PENAS

Dos 15 réus, cinco foram absolvidos. Entre os 11 condenados, Cabeça pegou 5 anos, 9 meses e 10 dias de reclusão em regime semiaberto. Moretto, primo de Cleudson, foi sentenciado em 7 anos e 6 meses de prisão, também em regime semiaberto. Os processos foram desmembrados e esta é a segunda sentença relacionada ao caso. A Câmara informou que ainda não foi notificada e atuará conforme a lei e seu regimento interno.

Em agosto, a Justiça já havia condenado outras pessoas envolvidas. Eles teriam atuado nas cidades de Barueri, Penápolis, Birigui, Guapiara, Lençóis Paulista, Ribeirão Pires, Araçatuba, Mandaqui, Guarulhos, Agudos, Santos, Carapicuíba, Sorocaba, Vargem Grande Paulista, Patos (PB), Araucária (PR), Capanema (PA) e Belém (PA), recebendo repasses de verbas públicas próximos a R$ 2 bilhões.

O grupo, conforme as investigações, organizou uma divisão de tarefas entre diversos núcleos, que foram denominados e alocados pela polícia como Núcleo Político, Núcleo Empresarial, Núcleo Jurídico, Núcleo Chefia, Núcleo Administrativo e Núcleo Lavagem de Dinheiro. Mais de 30 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público de São Paulo.

A investigação tem inquéritos policiais instaurados em Penápolis e Birigui e iniciou-se há dois anos, indicando a existência de um sofisticado esquema de corrupção envolvendo agentes públicos, empresários e profissionais liberais. No transcorrer dos trabalhos, foram identificadas dezenas de envolvidos com o grupo criminoso divididos em diversos núcleos, cada um com sua colaboração na prática das infrações penais.

Houve a aquisição de grande quantidade de bens móveis e imóveis, sendo que parte da evolução patrimonial do grupo se deu justamente no período da pandemia do coronavírus. Como houve o desmembramento do processo em três partes, há a expectativa que novas sentenças aconteçam. Fazem parte desta etapa o médico Abel José Costa e Wilson Carlos Braz, ex-secretário municipal de Saúde.



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