Zoonose orienta população sobre cuidados para prevenção da leishmaniose
Saúde
A leishmaniose é uma doença que atinge não só os cães, mas também pode ser transmitida aos humanos pela picada do mosquito palha
Da Redação 23/08/2025
Nos cães alguns sintomas são emagrecimento, descamação da pele, queda de pelos e conjuntivite. Foto: Imagem/PMP
Agosto é o mês destinado às ações de conscientização e prevenção à leishmaniose. Por esta razão a Secretaria Municipal Saúde de Penápolis, por meio do Serviço de Zoonose, está reforçando para a comunidade as orientações de combate à doença.
Em Penápolis o trabalho é desempenhado pela equipe da Zoonose, que além da orientação e ações preventivas também disponibiliza aos moradores os testes gratuitos para detecção da leishmaniose nos cães.
A leishmaniose é uma doença que atinge não só os cães, mas também pode ser transmitida aos humanos pela picada do mosquito palha.
Segundo explicou a médica veterinária Larissa Paula Lundstedt, o combate à doença se baseia principalmente no controle do mosquito flebótomo, que é conhecido como “mosquito palha”.
“Esse é o vetor de transmissão da leishmaniose entre animais e pessoas. O mosquito pica um cão infectado com o protozoário e depois inicia a cadeia de transmissão à medida em que pica outros animais e também seres humanos”, informou.
“Sendo assim, é fundamental eliminar os ambientes propícios à proliferação do flebótomo”, alertou a médica.
Ela enfatizou que é necessário que o munícipe faça a limpeza constante do quintal, eliminando o lixo orgânico. “O mosquito transmissor da leishmaniose gosta de restos de matéria orgânica para botar seus ovos, como folhas amontoadas, frutas caídas nos pés das árvores, fezes de animais, madeira podre e restos de alimentos em geral”, destacou.
“Se este tipo de lixo estiver em ambientes sombreados e quentes é ainda melhor para o vetor. Por isso a necessidade da limpeza frequente”, lembrou Larissa.
RESERVATÓRIO
A veterinária frisou que os cães são os reservatórios do protozoário que causa a leishmaniose, logo são também vítimas. “É importante destacar que os animais sofrem os efeitos da doença no organismo e também são vítimas do problema assim como os humanos. Daí a necessidade da colaboração no processo de prevenção”, disse.
“Dificultando a postura de ovos do mosquito palha nós conseguimos reduzir a transmissão e trazer mais segurança para todos. A solução é acabar com a presença e acúmulo de lixo orgânico em decomposição nos quintais”, apontou.
SINTOMAS E DIAGNÓSTICO
Na leishmaniose os órgãos internos são atacados e isso leva aos sintomas. Nos cães os principais são o emagrecimento, a descamação da pele, queda de pelos, conjuntivite, lesões nas pontas das orelhas, diarréia e até sangramento nasal.
No homem, os principais sintomas são aumento do fígado e do baço, febre, hemorragias, imunodeficiência, emagrecimento e anemia.
O responsável que observar os sintomas no seu animal deve buscar o Serviço de Zoonose para realizar o teste gratuito. A realização do teste é feita mediante agendamento, que deve ser feito toda segunda-feira pelo telefone: 3652-5593.
Já as pessoas que apresentarem os sintomas devem procurar a unidade de saúde mais próxima para avaliação médica.
CURA
No ser humano a leishmaniose tem cura mediante tratamento médico, mas nos cães infelizmente não.
A médica veterinária Ana Carolina Rodrigues Amadeu esclareceu que. “Existem medicamentos que reduzem o número de parasitas no organismo do animal e acabam aliviando os sintomas e melhorando a qualidade de vida do cão. Porém é importante saber que ele precisará do tratamento com medicamentos e do acompanhamento do veterinário para o resto da vida”, explicou ela.
“Em saúde pública, o procedimento preconizado é a eutanásia do animal tendo em vista a impossibilidade de cura. Quando ocorre de algum responsável discordar do procedimento e optar por fazer o tratamento dos sintomas, ele deve assinar um documento oficial de responsabilidade legal. Lamentamos muito, pois sabemos que é uma situação triste. Entretanto o protocolo de saúde pública funciona desta forma”, concluiu.
Ana Carolina ainda destacou que é fundamental que seja colocada uma coleira especial no cachorro, impregnada com repelente contra o mosquito, para evitar que ele seja picado. Essa coleira deverá ser trocada periodicamente, conforme instruções do fabricante.
O tratamento medicamentoso do cão com leishmaniose não está disponível atualmente no serviço público.
ENDEREÇO
A Zoonose atende a comunidade no prédio localizado no recinto de exposições Prefeito Jandira Trench, à rua Luiz Cremonini 101, Parque Industrial.
O funcionamento se dá das 07h às 12h e das 13h às 17h de segunda a sexta-feira, e o telefone de contato para outras informações é o 3652-5593. (*) Secom – PMP
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